Livro: A Vaca na Estrada

046 De Paris a Katmandu de carro – “A Vaca na Estrada” – Um ano fora de casa perambulando pela Ásia

Um ano fora de casa

Creio que, antes de mais nada, minha recompensa nessas viagens pela Ásia, foi a descoberta de nações fascinantes. Como outras tantas, aliás, que fiz pelo mundo. Valeu muito, igualmente, o contato humano. Da mesma forma, o conhecimento de povos herdeiros de uma riqueza cultural diversificada e exuberante. Afinal, pude viajar por alguns dos países que mais me interessavam conhecer no Oriente

De Paris a Katmandu de carro – “A Vaca na Estrada” – Um ano fora de casa perambulando pela Ásia:

Quanto a aprender com alguém, aprendi sim. Com as pessoas, com os amigos com quem cruzei na estrada ou com gente dos países que visitei. Igualmente, com a experiência de vida em países tão diferentes do Brasil e da Europa. Não com um guru, mas um pouco com cada pessoa com quem convivi, não necessariamente sábia, que talvez mesmo sem intenção, tinha algo a me ensinar. Aliás, tenho a impressão que quase todo ser humano tem sempre algo a ensinar a outro.

De Paris a Katmandu de carro – “A Vaca na Estrada” – Um ano fora de casa perambulando pela Ásia: Mahatma Gandhi

Os conceitos filosóficos orientais

Aprendi muito também por ler sobre os países que visitava, estudando filósofos e pensadores. Assim, li sobre a vida de Gandhi, mesmo que não compartilhasse de todas suas ideias, . Posso estar errado, mas depois de muitas viagens pelo Oriente e por outros países do mundo, o que aprendi é que não existe A Verdade Única, mas talvez, As Verdades, formadas por pedacinhos de verdades…

De Paris a Katmandu de carro – “A Vaca na Estrada” – Um ano fora de casa perambulando pela Ásia

Alguns conceitos filosóficos orientais me agradam, como o Caminho do Meio. Embora goste de ler e pesquisar sobre o Hinduísmo, o Budismo e outras religiões da Ásia, meu interesse, porém, sempre foi mais filosófico, sociológico ou cultural. Isso, porém, nunca me impediu de perceber a racionalidade da mandala tibetana e certos princípios tibetanos.

De Paris a Katmandu de carro – “A Vaca na Estrada” – Um ano fora de casa perambulando pela ÁsiaTanka com mandala

O exotismo tem seus limites

Li o “Livro Tibetano dos Mortos” para conhecer um pouco mais sobre o Budismo tibetano. Sabendo, porém, que não iria mergulhar de cabeça nessa doutrina nem me internar num mosteiro. Acho Ganesh muito simpático, mas não vou, entretanto fazer oferendas para um deus com cabeça de elefante. Como não acredito em homem feito de barro e cobra falante. Em suma, para mim, o exotismo tem seus limites.

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Isso não me impede de reconhecer que nas religiões orientais existem conceitos bem interessantes, que aprecio bastante e que me ajudam a entender a vida. Sinto que compreendi mais nosso planeta depois que conheci o Oriente. Em suma, o tempo passado na Ásia em diferentes viagens mexeu comigo, mudou minha cabeça. Sei lá, deixei talvez de ser tão ocidental e excessivamente racionalista como era.

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De Paris a Katmandu de carro – “A Vaca na Estrada” – Um ano fora de casa perambulando pela Ásia

Minha maior aventura

Finalmente, tenho que reconhecer. Embora já tenha viajado por dezenas de países, esta viagem foi, porém, minha maior aventura. Mergulhei de cabeça nessa parte da Ásia, começando pela Turquia, depois Irã, Afeganistão, Paquistão, Índia. Alguns desse país impossíveis, aliás, de serem visitados hoje em dia. É o caso, assim, mais precisamente do Afeganistão, um país que amei de cara quando lá estive, antes dos Talibãs tomarem o poder.

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É como se eu assimilasse mais profundamente (não apenas em teoria) a ideia da diversidade, de como o homem é diferente em cada canto do planeta. Ou sei lá, somos muito difentes e ao mesmo tempo muito iguais, nem sei mais… Até mesmo a vida diária, as cidades eram muito diferentes. Basta pensar em lugares como Bhaktapur, no Nepal, por exemplo… Uma cidade mágica, parada no tempo.

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Os pilares do conhecimento

Não quero menosprezar a importância do estudo acadêmico, do que me ensinaram na escola e na universidade, na França, na Sorbonne, e no Brasil, na USP. Considero, entretanto, que muito do que sei sobre Geografia, História, política internacional e, é claro, sobre culturas e costumes, eu aprendi durante viagens — ou em razão delas. Em parte, reconheço que isso se deve ao fato de antes de visitar um lugar novo, procurar saber o máximo sobre ele. Em suma, lendo, assistindo a filmes e documentários, conversando com quem esteve lá. E, nestes últimos tempos de avanço tecnológico, pesquisando na Internet.

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De Paris a Katmandu de carro – “A Vaca na Estrada” – Um ano fora de casa perambulando pela Ásia
Sorbonne, importante, mas quando viajamos também aprendemos muito

Mas, em sua maioria, as informações mais preciosas são aquelas que obtenho nos próprios lugares. Em suma, as imagens, os sons, os aromas, as cenas, as pessoas, as lembranças que ficam para sempre na memória. Assim foi a experiência de morar um mês na Caxemira num houseboat. Mas, completar essas informações com boas leituras, bons papos também ajuda demais.

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De Paris a Katmandu de carro – “A Vaca na Estrada” – Um ano fora de casa perambulando pela Ásia

Sua viagem depende principalmente de você mesmo

O quanto você irá aprender e crescer na sua viagem depende muito de como você a encara. Alguns turistas nem sabem direito para onde estão indo. Levados por um guia de excursão, tiram uma foto self (sempre com a mesma cara e um enorme sorriso arreganhado…) em frente a um monumento, cujo significado ignoram E acreditam que conheceram um país.
Por isso mesmo, confesso: estive em uns setenta países no mundo. Mas, seria muita pretenção de minha parte, achar que conheço setenta países. Muitos são mini-nações onde passei apenas um dia. Reluto até em computar na minha agenda de lugares visitados…

De Paris a Katmandu de carro – “A Vaca na Estrada” – Um ano fora de casa perambulando pela Ásia

Viajar implica conhecer suas cidades, suas paisagens. Supõe, igualmente, entender uma nação e seu povo, conviver com a diversidade, ter a intenção de se enriquecer culturalmente, abandonar preconceitos. E talvez compreender a nós mesmos e aos demais. Sem precisar beijar pé de guru, acender vela para santo, acreditar em duende, pagar dízimo a pastor esperto. É por isso que viajamos.

Atualização

Essa foi a experiência vivida pelo autor do livro “A Vaca na Estrada” por países como Turquia, Irã, Afeganistão, Paquistão, ÍndiaNepal
Obrigado por ter nos acompanhado nessa aventura de carro pelas estradas da Ásia atravessando o Oriente mágico e éxotico que encantou milhares de jovens do mundo todo. Espero que sirva de inspiração a outros brasileiros amantes de aventuras.

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De Paris a Katmandu de carro – “A Vaca na Estrada” – Um ano fora de casa perambulando pela Ásia

Uma participação muito Especial

Posteriormente, em data bem mais recente, comecei a produzir vídeos Youtube na América do Sul, na Europa e também na Ásia para o Canal do Youtube Sonhos de Viagem. Juntamente com Ketty Parpinelli, lançamos o nosso BlogSonhos de Viagem, com muitas dicas, informações, e farturas de imagens sobre os lugares visitados, suas cidades, paisagens, e sua cultura.

De Paris a Katmandu de carro – “A Vaca na Estrada” – Um novo projeto (“Sonhos de Viagem”)que inclui vídeos Youtube e blog

Nessas viagens filmamos muito e igualmente fotografamos para nosso canal do Youtube, “Sonhos de Viagem” (irmãozinho de nosso blog de mesmo nome…). Dessa forma, reunindo informações, anotando nossas aventuras, compartilhando nossas experiências, não apenas entre nós, porém, posteriormente com outros amigos viajantes, viciados, como nós, em correr mundo.

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Patan, cidade medieval no Vale de Katmandu

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Todos nossos vídeos têm o turismo como tema. Assim também, temas correlatos, como “gastronomia em viagem” ou “vinhos em viagem” que igualmente se enquadram no tópico turismo. Nossos vídeos refletem nossa filosofia de viagem e de vida. Portanto, quando viajamos, não queremos apenas visitar atrações turísticas ou curtir belas paisagens. Afinal, isso é parte importante da viagem, sem sombra de dúvida. Curtimos, porém, conhecer a cultura, costumes, a gastronomia do país, sua arquitetura, sua produção artística e sua religião.

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Frase rotativa em diversos idiomas no aeroporto de Estocolmo:
“Sou um cidadão do mundo, minha pátria é em todo lugar”

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