Lúcio Martins. Rodrigues
Gente, vinhos também é viagem… Pelo menos para os que gostam da bebida. Há inclusive turistas que viajam especialmente para experimentar os vinhos do país. Nós do “Sonhos de Viagme”, por exemplo gostamos de viajar de carro pela Europa ou América do Sul e conhecer vinhos de produção local, que não chegam aos supermercados. Muitos são excelentes e não sao caros. Ainda mais, combinam, aliás, muito com a gastronomia regional.
Aos poucos, países como Chile e Argentina, principalmente, foram adaptando cepas européias ao clima e solos mais promissores para o cultivo de cada tipo de uva.
Vinhos argentinos
Cada vez mais brasileiros viajam para a Argentina, geralmente para Mendonça, para conhecer suas vinícolas próximas da cidade. Na região de Mendoza a uva emblemática e a Malbec. Mas há bons vinhos tintos produzidos com outras uvas como, por exemplo a Merlot, Cabernet Sauvignon, Sirha etc. Vale a pena provar igualmente os brancos com uva Chardonay e Sauvignon Blanc. Embora a Província de Mendoza seja a principal região produtora argentina, existem vinícolas também em outros cantos do país. É o caso, por exemplo em Rioja, região próxima aos Andes, ou em Cafayate, no noroeste do país.
Vinícolas com alta gastronomia
Muitas das vinícolas, aliás, possuem também restaurantes de alta gastronomia, combinando com os vinhos ali servidos. Há, portanto, vinhos para para aperitivar no bar, outros são perfeitos para acompanharem as entradas. Há igualmente vinhos que acompanham os pratos principai ou vinhos para sobremesa, como aqueles de colheita tardia, naturalmente adociados.
Na província de Mendoza há vinícolas em outras cidades, como San Rafael, por exemplo. Boa parte delas há bar de desgustação e, igualmente, algumas com ótimos restaurantes.
Outras regiões vinícolas argentinas
Também há vinhos decentes em La Rioja e no norte do país, em torno de Cafayate (não confundir com El Calafate na Patagônia). Cafayate, bem ao norte, por exemplo, tem um clima seco e relativamente quente. Ou seja lembra o de algumas regiões de países mediterrâneos. Alguns desses vinhos são excelentes. Certas vinícolas da região, instaladas em antigas fazendas coloniais são charmosas e possuem também restaurantes e bar de degustação.
Vinhos Chilenos
Os vinhos chilenos oferecem uma excelente relação preço-qualidade e são talvez o mais consumidos pelos brasileiros que já conhecem algumas das produções das vinícolas mais manjadas, como o Santa Rita, Santa Helena, Cousiño Macul e o sofisticado Casilero del Diabo.
Como acontece com muitos os vinhos argentinos também, os vinhos chilenos são sobretudo varietais. O que vem a ser varietal? Varietal é o vinho produzido exclusivamente com um único tipo de uva. Pode ser Cabernet Sauvignon, Sirha, Cousino Macul, etc.
Os padres foram os primeiros a cultivar uvas e produzir vinhos
No começo da colonização foram os padres que trouxeram mudas de uvas espanholas para a fabricação de vinhos utilizados nas missas. Mas, logo essa produção aumentou. Em outras palavras, muitos agricultores, colonos espanhois, sabiam produzir vinhos apreciáveis. Dessa forma, a produção foi aumentando, acompanhando o aumento do consumo, e se tornando importantes no país.
O Vale del Maipo
A principal região produtora chilena fica no Valle del Maipo um pouco mais ao norte da capital. O clima seco, o tipo de terra nesse vale favoreceram a produção de excelentes crus, com condições propícias para a produção da uva cabernet. Boa parte delas podem ser visitadas por turistas e oferecem degustação acompanhada por um enólogo. Há, aliás excursões que podem ser contratadas em agências de turismo de Santiago, destinadas exclusivamente à visita das principais vinícolas.
Vinhos brasileiros
Serra Gaúcha
Muitos apreciadores de vinhos viajam também pelo sul do Brasil, sobretudo pela Serra Gaúcha e em menor escala a Serra Catarinense. Na Serra Gaúcha o principal centro produtor de vinhos é Bento Gonçalves. Muitas dessas vinícolas podem também ser visitadas. Por conta própria se você estiver de carro ou em excursões. Quase todos vinhos gaúchos têm sua origem na imigração italiana, forte na região. Foram eles, aliás, que tornam a Serra Gaúcha famosa por seus vinhos. Entre os espumantes de qualidade temos o Salton, que hoje pode ser enconrado em qualquer grande mercado.
Santa Catarina e São Paulo
Na Serra Catarinense há também bons vinhos. É o caso dos vinhos da viícola Villa Francione, em São Joaquim, cidade que durante o inverno atrai muitos turistas que querem ver neve. A Villa Francione é uma excelente vinícola, que produz o Joaquim, um vinho que já ganhou prêmios em concursos de qualidade na Europa.O problema do vinho brasileiro, entretanto, não é sua qualidade. Mas seu preço. Parece que não atingimos ainda uma boa relação preço-qualidade. A produção, além disso, é frequentemente local e relativamente pequena. Ou seja, pagando menos você bebe um vinho chileno com a mesma qualidade.
Enfim, mesmo os vinhos de São Roque no Estado de São Paulo, estão melhorando. Atualmente a região produz alguns vinhos secos decentes. Aqueles vinhos “docinhos” que só agradam aos que não entendem nada do assunto já são coisas do passado.
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