De Katmandu a Pokhara
Sempre escutara falar que é de Pokhara, à beira de um lago lindão, que se tem uma das mais lindas vistas do Himalaia. É de Pokhara, igualmente que partiam as diferentes trilhas para caminhadas pelo Cordilheira do Himalaia. Assim, quis, portanto, checar. Pokhara fica a 7 ou 8 horas de ônibus de Katmandu.
Abaixo: Mapa de Pokhara
Os ônibus de Katmandu para Pokhara
Na própria Freak’s Street havia uma agência de viagens que vendia passagens de ônibus e vans entre a capital e Pokhara. Em geral eram, entretanto, veículos caindo aos pedaços. Dei sorte, porém, e peguei um pequeno ônibus comprado de europeus. Ou seja, relativamente ainda bem conservado. Assim, os nepaleses, já se sentiam no direito de apelida-lo de “pullman” ou “de lux bus“.
Um dia todo de ônibus
A estrada, asfaltada, porém, mal cuidada, acompanhava um afluente do rio Narayani até uma grande ponte, a única destinada a suportar o tráfego de veículos. Ali cruzamos para a outra margem, na direção a Pokhara. A viagem era meio longa. Creio que encarei umas oito horas de trajeto. Por sorte, as paisagens espetaculares compensavam, porém, a aventura.
Encontro com Kim
Numa parada, numa espécie de lanchonete, meu ônibus estacionou ao lado de outro na mini-estação rodoviária onde paramos. Deparei, assim, com Kim no ônibus do lado, voltando para a Katmandu. Foi uma surpresa para nós dois. Nos abraçamos felizes por nos rever. Contou-me que, sozinha em Pokhara, me esperando por mais de dez dias começou a se entediar.
A falha fora, aliás, toda minha. Mea culpa, mea maxima culpa… Eu espera estar em Pokhara em uns quatro ou cinco dias. Demorei, porém, muito mais no rafting e na visita ao Chitwan, do que pensava. Ou seja, solitária, cansada de me esperar, num impulso, Kim decidira regressar a Katmandu. Ao me encontrar, resolveu voltar até Pokhara comigo, mudando, assim, de ônibus.
Pokhara
Quando estive pela primeira vez em Pokhara, o lugar era apenas um povoado junto de um lago. Pokhara, porém, se desenvolveu muito com o turismo. Assim, é um dos pontos de partida mais conhecidos para quem vai fazer trekking. De Pokha partiam também as expedições para escalar o Anapurna, um dos mais altos picos do Himalaia. Sua rua principal é lotada de lojinhas de suvenires e de equipamentos para camping, montanhismo e trekking.
O Lago Pewa
Junto à avenida, o Lago Pew é uma das atrações de Pokara. É possível alugar canoas para percorrê-lo, como fizemos. As neves eternas do Annapurna refletidas nas águas do lago compõem um visual maravilhoso. Por isso mesmo, passamos horas percorrendo o lago. Nós o atravessávamos em todos os sentidos para achar algum recanto especial para desembarcar. É onde parávamos para comer um sanduíche ou bebericar uma cerveja. Depois e falar da vida, dessa nossa experiência pela Ásia.
Passeando pelas vizinhanças
Durante boa parte do tempo dessa estada em Pokhara, ficávamos, passeando pelos arredores, sobretudo aproveitando das incríveis vistas das montanhas himalainas. Assim, de longe, apreciávamos os cumes esbranquiçados, cercados pelos tons avermelhados do outono. Frequentemente, porém, ficávamos preguisosamente, tomando sol junto do Pewa. As partes mais afastadas eram, aliás, boas para nadar, mas as águas eram geladas. Afinal, o inverno se aproximava.
Navegando pelo lago
De barco, remando, é possível, assim,alcançar quase qualquer parte das margens, onde há pequenas aldeias e “praias” de pedregulhos. Navegando não longe das margens víamos coluna de nepaleses em filas, que passavam carregando seus enormes cestos. Exatamente como eu vira a moça fazer no Vale de Katmandu, ou seja com uma correia na testa.
De nosso alojamento existia um caminho fácil até o Pewa, ao longo de um riacho que desaguava no lago.
Os lodges de Pokhara
Do outro lado da trilha, as placas em inglês indicavam os diferentes lodges, e hotéis de diferentes preços. Sempre anunciando confortos nem sempre verdadeiros. No que estávamos, por exemplo, a hot water existia, mas apenas se fosse encomendada comuma boa antecedência. Mesmo assim, às vezes, esqueciam completamente do pedido e tínhamos que descer para reclamar.
Quando isso acontecia, o patriarca da casa dava umas rápidas ordens em nepali e logo um garoto ia correndo buscar um balde e enche-lo d’água para esquentar. Uma hora depois, aproximadamente, a água estava bastante quente e era então levada até o rústico banheiro do quarto onde só existia uma ducha fria, junto com uma cuia. Essa era a hot water.
Atualização:
Muitos anos depois, quando voltei a Pokhara, notei que a qualidade e variedade de hotéis havia melhorado muito. Há hoje hotéis modernos bem melhores, mais caros igualmente. Nos pequenos hotéis baratos, entretanto, alguns velhos problemas não foram ainda bem resolvidos. Por outro lado, o Nepal, já há alguns anos, tem atraído turistas mais exigentes e endinheirados que exigem hotéis mais luxuosos.
O frio chegando
Eu notara em Katmandu e em Pokhara que as montanhas da Cordilheira do Himalaia, antes quase todas azuladas, ganhavam picos cada vez mais nevados. Enfim, era o avanço do outono e o inverno que se aproximava. Ou seja, pareciam gigantes brancos nos espiando, e que a cada dia chegavam mais perto. Um visual mais lindo ainda porque refletido no lago Pewa.
Pokhara, o mesmo clima underground de Katmandu
Pokhara, como todos os locais frequentados por estrangeiros, tinha muitos igualmente barzinhos e cafés onde o pessoal se reunia. Em resumo, o mesmo “psicoclima” de Katmandu, Herat e outras mecas dos aventureiros dos longos caminhos. Nesses barzinhos conhecemos casais, alguns, aliás, há meses na estrada. Outros há mais de um ano vagabundeando pelo oriente.
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