A alta densidade demográfica na Índia
O controle da natalidade na Índia, é uma necessidade. O país é super povoado. Em todo lugar que você vai, encontra gente. Muita gente. Ou seja, tudo é lotado: estações, trens, ônibus, mercados, ruas.
Isso foi uma coisa que me sufocou um pouco ao visitar Mumbai. Aliás, o que mais impressiona o viajante que percorre a Índia são as multidões. Em Mumbai, Calcutá, Delhi, Madras e igualmente em outros grandes centros.
A Índia sempre teve elevadas taxas de natalidade, mas o aumento da população era, entretanto, freado pela altíssima mortalidade, sobretudo infantil.
Mesmo no século XIX, durante o período de domínio inglês, o crescimento mostrou-se relativamente estável. Assim, entre o recenseamento de 1891 e o de 1921, a variação foi de 236 milhões para 248 milhões de habitantes. Aliás, a gripe espanhola de 1918, que matou entre 15 e 20 milhões de pessoas na Índia. Como resultado a expansão populacional continuou baixa.
A campanha de controle de natalidade de Indira Gandhi
Quando, porém, a partir da década de 1950, a taxa de natalidade começou a cai. Foi consequência das campanhas de vacinação, dos avanços da medicina preventiva e da melhoria das safras agrícolas. Assim, o crescimento demográfico disparou. Ou seja, se o ritmo fosse mantido, a Índia seria inviável. Por isso mesmo, a severa campanha de controle de natalidade lançada por Indira Gandhi impôs a esterilização quase forçada às massas indianas mais pobres. Em suma, a explosão populacional comprometia seus planos de desenvolvimento.
É provável que, sem essa medida, a Índia não tivesse uma fase de progresso visível no começo do século XXI. Mas que gritaria na época! As resistências culturais são as mais difíceis. No mundo todo, muita gente acha importante gerar descendentes. Ou seja encarando-os, de alguma forma, como uma continuação de si mesmos. Na Índia, porém, isso parece ser uma obsessão.
Não ter filhos é impensável na Índia
Na Índia é, portanto, impensável que um casal não tenha filhos, e muito esquisito, aliás, que tenha um filho só. Além de querer espalhar seus genes produzindo um monte de filhos, o indiano pobre ainda mais, vê a prole como uma garantia de segurança na velhice. Um bom exemplo da mentalidade procriadora foi um cartaz de propaganda sobre a necessidade do controle de natalidade que vi em Mumbai durante o governo de Indira Gandhi. Foi completamente mal interpretado pelo povo.
O pôster em questão, a que estamos nos referindo, mostrava uma família indiana bem pobre, com muitos filhos. Ao lado havia outra foto, desta vez de uma família de posses, próspera, com apenas dois filhos. O cartaz, aparentemente teve efeito contrário. Em suma, muitos olhavam para as imagens e comentavam: “Veja essa família com apenas duas crianças! Se eles têm dinheiro, por que não aproveitam para ter mais filhos?”
Mesmo com o draconiano controle de natalidade, a Índia, que tinha cerca de 600 milhões de habitantes no final dos anos 1970, atingiu em 1999 um bilhão. Ou seja, um aumento de 400 milhões de pessoas. Em outras palavras, mais do dobro da população brasileira. Enfim, em todo lugar que você vá na Índia, irá sempre deparar com multidões. Isso chega, aliás, a incomodar.
A Terra não aguenta mais tanta gente
Quando acompanho debates sobre aquecimento global, redução das emissões ou busca de fontes alternativas de energia, concordo que essas medidas têm que ser adotadas o quanto antes. Entretanto, se a população da Terra não parar de crescer, não há o que resolva. Sei que existe um grupo de pessoas que prega a auto-extinção da Humanidade, pela não procriação. Tem louco para tudo, claro. Não concordo; nunca fui de apoiar propostas radicais.
O riscos da falta de controle da natalidade
Falo o que dizem cada vez mais cientistas: é preciso conter esse crescimento demográfico insano de por filho no mundo em parar. Não são, aliás, os casais que desejam ter um filho ou dois que fazem a população aumentar. A explosão demográfica é provocada pela ignorância, pela falta de controle da natalidade. Ou seja, pela ausência de métodos anticoncepcionais à disposição das populações mais carentes que se reproduzem sem parar. E sempre, aliás, nos lugares mais pobres do planeta. Em resumo: não acho que só ricos possam se reproduzir. Porém todo o planeta deve controlar seu crescimento populacional com a mesma dignidade, sabendo que seus filhos vão poder se alimentar, estudar, terão dieto à saúde etc.
Mais gente, mais consumo
Em suma, compartilho a ideia de que o aumento constante e exagerado da população humana só agrava todos os problemas ambientais da humanidade. Ou seja, mais gente é mais consumo. De tudo, principalmente porque, além de haver mais pessoas, elas estão consumindo mais, por cabeça. Ou seja, cada vez mais água, ferro e tudo quanto é tipo de metal, petróleo, madeira, vidro, plástico… E, mais consumo, todo mundo sabe: é mais poluição!
Mais gente é, igualmente, mais sucata, mais poluição, mais lixo, mais aquecimento global, mais depredação da natureza, mais espécies animais extintas. Também é mais guerra, mais miséria.
Por que não uma Humanidade de apenas um bilhão de pessoas, sem nenhum país cobiçando as riquezas ou o território alheio? Sei que é utópico. Em suma, não é, nem de longe, provável que as nações consigam ou queiram reduzir de modo significativo suas populações.
População numerosa ou qualidade de vida?
Aparentemente, os países não querem ser felizes, preferem ser poderosos e populosos. Percorri toda a Nova Zelândia, um país de baixa densidade democráfica e uma das melhores qualidades de vida do planeta. Não tem conflitos por terra, a natureza é preservada, não têm quase problemas sociais (que mesmo países ricos como os USA e a UE têem de sobra).
Se uma diminuição expressiva da população mundial vier a ocorrer, será resultado de algum cataclismo ou epidemia, não de uma decisão política e voluntária. Ou seja a perspectiva mais realista é que a população mundial se estabilize naturalmente em seu limite máximo. Em resumo, com graves consequências para o meio ambiente. Em suma, escassez de recursos, água insuficiente para todos, poluição, guerras, pobreza.
A qualidade de vida nos países de baixa densidade demográfica
Vive-se muito melhor em países de baixa densidade demográfica. Não falo de zonas inóspitas, mas de lugares agradáveis como a Nova Zelândia, um país de apenas 4 milhões de habitantes, com amplos e belos espaços verdes e uma qualidade de vida excepcionalmente boa. Quando estive lá, fiquei admirado de encontrar um povo tão de bem com a vida. Se o mundo todo tivesse uma densidade demográfica equivalente, não haveria aquecimento global. Pelo menos, não o provocado pelo homem.
Antibióticos e vacinas
Antibióticos e vacinas foram um progresso para a Humanidade mas, por outro lado, desafiam a seleção natural. A equação é cruel. Ou seja, sem vacinas e antibióticos, os mais fracos morreriam antes de se reproduzir. Assim, só os mais fortes transmitiriam seus genes para as gerações seguintes. Pela mesma lógica, portanto, estamos, teoricamente, caminhando para uma Humanidade cada vez mais frágil. O problema, entretanto, é que nenhum pai pode deixar seu filho morrer. Tem que vacinar, salvar vidas. Mas parar de criar novas sem parar.
Pais minimamente conscientes não deixam de vacinar seus filhos ou de fazer uso de medicamentos quando necessário. Todos, exceto membros de certas seitas fundamentalistas, mandam às favas a seleção natural. Mas, admita, o raciocínio faz sentido! Claro, parece absurdo. Por isso mesmo, a solução, portanto, para o equilibrio populacional não seria deixar de tomar medicamentos e vacinas ou de utilizar o potencial que a medicina tem a oferecer. Ao contrário: já que, de alguma forma, interferimos na seleção natural, é melhor continuar e tentar desse modo chegar, por meio da ciência, a um ser humano geneticamente livre de doenças como o câncer, o mal de Alzheimer, a depressão e outros males. Mas, é preciso pararmos de nos reproduzir como coelhos!
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