Vale do Loire

Loire: um dos mais importantes destinos turísticos na França

O Vale do Loire é um dos mais famosos destinos turísticos na França, atraindo visitantes franceses e do mundo inteiro. Foi durante muito tempo o centro de poder da realeza francesa, conhecido como o Jardim da França e também berço da língua francesa, na época ainda constituída de variados dialetos No Loire fala-se o francês da realeza, mais tarde assimilado pelo francês falado em Paris.

No Loire ficam alguns dos mais interessantes e belos castelos franceses. E, ainda mais, relativamente pertos uns dos outros. Assim, numa mesma viagem, em uma semana ou dez dias, podemos visitar os mais importantes. São nemerosos, alguns de pouco interesse. Por isso mesmo recomendamos que se concentre nos mais importantes e, igualmente, em suas cidades históricas de maior interesse.

Como ir e circular pelo Vale do Loire

Em primeiro lugar, se você não for “casteólogo” fanático não pense em visitar todos os castelos do Loire. São uns trezentos, mais ou menos. Muitos não têm muito interesse, alguns estão em ruínas, outros têm reduzidas proporções e nenhum destaque especial. Acompanhando o rio você vai visitando os principais castelos, alguns deles, como o de Blois e Amboise, situados nas cidades de mesmo nome.

Trem

Há trens de Paris para o Loire, o mais rápido. Da estação Paris Montparnasse saem trens de auto-velocidade TGV. O ideal é escolher uma cidade do Loire como base, para visitar os castelos em seus arredores. Algumas cidades, como Amboise e Blois, têm os principais castelos na propria cidade e esses são muito fáceis de serem visiados. Para visitar os que ficam longe do centro você terá utilizar transporte público, ou pegar excursão, o que nem todos apreciam.

Carro

O melhor é alugar um automóvel, mas não é necessário sair de carro de Paris. Quem não conhece a cidade pode se atrapalhar um pouco até pegar a estrada certa. É prático alugar um veículo no Loire, na cidade que você escolher como base para visitar os castelos próximos. O importante é ter um mapa ou GPS. Enfim, o automóvel lhe dará grande liberdade de movimento para visitar os castelos que quiser, na hora que quiser. De Paris, para chegar ao Loire, utilize a A10 ou N10. Peça sempre um mapa no escritório oficial de turismo do próprio aeroporto ao chegar à França ou peça um na locadora.

Ônibus

Há ônibus de Paris para o Loire. Só não é muito prático. O ônibus é meio lento, mas mais barato. Eles saem do Bercy Park, meio afastado do centro de Paris. Há várias partidas diárias para o Vale do Loire.

Melhor época para conhecer o Vale do Loire

O Vale do Loire costuma ter um clima sem muitos extremos. No verão a temperatura média fica em torno de uns 25 graus na maior parte do dia, resfrescando um pouco a noite. Os meses mais quentes são julho e agosto. Enfim, o tempo no mundo todo está mudando muito. O que recomendamos é que, chegando perto de sua viagem, você dê uma pesquisada nos sites franceses de metereologia para saber na real o que o espera. Nós, do “Sonhos de Viagem “n ão gostamos muito dessa época na Europa. Além do calor, está tudo muito cheio e também muito caro.

As épocas mais agradáveis e mais bonitas no Vale do Loire

As duas época mais bonitas, com menos gente e temperaturas mais agradáveis são a primavera e o outono (no hemisfério norte). Maio e outubro são nossos meses preferidos. São, aliás meses considerados baixa temporada e passagens aéreas estão mais baratas, hotéis oferecem descontos, você gasta menos. No inverno, por outro lado, as temperaturas podem incomodar os mais friorentos. Além diso, dezembro, por exemplo, é um mês igualmente mais chuvoso. É melhor ter consigo um guarda-chuva dobrável.

Um lembrete: as chamadas “temperaturas médias” devem ser sabiamente interpretadas. Imaginemos uma temperatura média de 10 graus. É só uma referência, em qualquer epoca do ano. Ou seja, durante o dia, com sol, pode fazer 15 graus. De madrugada fará cinco, digamos. Mas, você estará num quarto aquecido de hotel. E tem mais: o que alguns consideram calor ou frio demasiado pode ser agradável para outros. Por isso se preocupe sempre com as temperaturas que você considera agradáveis ou desagradáveis.

Cada castelo é diferente dos demais

Cada castelo é diferente do outro, apesar do estilo comum predominante renascentista. Além disso, alguns possuem jardins espetaculares, uma atração a parte. No Vale do Loire ficam também cidades históricas bem interessantes, não apenas por seus castelos, mas por sua arquitetura urbana de séculos atrás presentes em cidades como Blois, Amboise, Tours e outras.. Por tudo isso, a parte central do Vale do Rio Loire, entre Maine e Sully-sur-Loire, é classisficada pela Unesco como Patrimônio da Humanidade.

O Loire, foi no passado o centro do poder real na França. Só depois o poder foi transferido para Paris, ou mais exatamente Versailles. Mas, mesmo assim, tanto os reis como os nobres e mesmo a alta burguesia, quiseram manter seus castelos no Loire. Com a Revolução Francesa, muitos castelos foram saqueados e seus proprietários guilhotinados. Assim, muitos desses castelos acabaram sendo demolidos, outros ficaram abandonados durante anos. Posteriormente, durante a Segunda Gerra Mundial diversos castelos foram usados como sedes do alto-comando militar tanto pelos alemães, como pelos aliados.

Verifique no mapa – Selecionamos um roteiro com os castelos e cidades de maior interesse, entre Orleans e Angers. É o caso de cidades como Amboise, Angers, Blois, Chinon, Orléans e Tours (que também possuem castelos), além de diversos châteaux nas proximidades, como Chambord, Villandry e Chenonceau. O Loire tmbém produz alguns bons vinhos. Aproveite a viagem para desguta-los. 

De Paris pela A10 a
Orleáns: 133 km * Cheverny: 165 km * Chambord:  180 km 
Blois: 185 km * Chaumont-sur-Loire; 200 KM * Amboise 230 km
Angers 300 km * Tours 240 km

O Castelo de Sully–sur–Loire 

O castelo de Sully-sur-Loire, considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, data do final do século XIV. De arquitetura original, é rodeado pelas águas do rio Sange. Originalmente fortificado, o castelo foi objeto de diversas reformas com o passar dos séculos, adquirindo detalhes renascentistas. Do alto da torre você tem outra perspectiva de seus arredores e uma boa visão do jardim, um dos mais elegantes do Loire.

A visita inclui as áreas internas mobilidas com decoração de época. No dormitório real aprecie a bela tapeçaria “Tentação de Psiquê,” inspirada na mitologia grega, datada século XVIII. Uma curiosidade é que esse castelo é dividido em duas partes separadas. A maior, protegida por quatro torres, serviu de masmorra. A parte menor era uma residência nobiliária. Site do castelo.

Orléans

Orleans, a 120 km de Paris, capital da região do Centro-Vale do Loire, fica à beira do rio Loire. A cidade guarda uma longa história. Já foi território gaulês, depois conquistado por romanos em 52 a.C. Durante a guerra dos Cem Anos, contra a Iglaterra, Orleáns foi, em 1429, salva dos ingleses por ninguém menos do que Joanne D’Arc. A casa ocupada por Jeanne d’Arc em Orléans tornou-se atração turística e pode ser visitada.

Orleáns pode ser, se você tiver tempo para visitar o Vale do Loire, a primeira etapa de sua visita à região, já que é uma cidade histórica bem interessante, um dos quatro reinos francos durante a Idade Média. Orleáns foi igualmente um dos principais palcos da Guerra dos Cem Anos contra os ingleses. Site oficial de turismo de Orléans

Chambord 

O Castelo de Chambord, no Loire, foi construído tão somente para servir de pavilhão de caça para o rei francês Francisco I que, modesto, possuía dois outros castelos onde costumava habitar, o Château de Blois e o Château d’Amboise. Chambord é um dos principais castelos do Vale do Loire, por suas linhas e por suas dimensões. É grandioso, o tipo de visita imperdível.

A construção do chateau tomou vinte anos. Durante esse tempo seu estilo foi sendo alterado, tornando-se mais sofisticado. Sua arquitetura pode ser classifficada como “Renascentista francêsa”, com forte influência italiana. É considerado um dos mais importantes castelos do Loire. Site do Chãteau de Chambord

Blois e seu château

Blois é uma das primeiras cidades do Loire de bastante interesse turístico, onde provavelmente você vai dar uma parada, vindo de Paris de trem. A cidade em si é bem agradável com gostinho de “vielle France”. Foi a primeira de nossas bases na visita ao Loire. Blois abriga em seu centro um dos mais importantes castelos do Vale do Loire, construído entre os séculos XIII e XVII, um conjunto composto por diversos edifícios.
Um detalhes que chama a atenção é sua escadaria em espiral na ala que tomou o nome do rei Francisco I.

Essa escadaria é uma obra de arte, além de ser super inventiva. São, na verdade, duas escadas em espiral, onde as pessoas sobrem ou descem sem se cruzarem no meio da escada. Raparem bem na foto e tente entender como funciona. Se conseguir.

Blois pode ser uma opção de hospedagem para o início de sua visita aos castelos. Há hotéis econômicos em frente da estação, basta atravessar a praça. Nesse castelo à noite, nos meses quentes, há espetáculos de son et lumière no pátio. O castelo já foi habitado por Francisco I e outros monarcas e já foi palco de importantes episódios da História da França. Site do castelo de Blois.

Cheverny

Está longe de ser um dos maiores castelos da região, mas destaca-se pelo rigor de sua simetria e seu estilo clássico. Quem já leu os quadrinhos com as histórias de Tintin vai reconhecer as linhas do fictício castelo de Moulinsart do capitão Haddock… Cheverny não foi residência real, mas privada. Seu interior conserva decoração do século XVII.

No castelo funciona um canil com animais de caça. Os cães são empregados em um tipo de caçada organizada pelo castelo, denominada de veneria, praticada a cavalo, com o emprego de cães. Sendo sicncero, não acho graça. Matar animais inocentes por esporte não faz parte de nossa cultura. Site do Château de Cheverny

Chaumont-sur-Loire

A origem desse castelo remonta ao século X, quando o Conde de Blois cosntruiu ali uma fortaleza para proteger seus domínios contra seu rival, o conde d”Anjour. Posteriormente em meados do século XV, Chaumont foi destruído pelo rei Louis XI, mas reconstruído mais tarde.

Posteriormente acabou adquirido por Catarina de Médicis. Hoje o castelo, que possui um dos mais belos jardins do Loire pertence à Região Centro. O castelo abriga um rico acervo de peças de arte, tapeçarias flamengas e francesas e mobiliário de época, de bastante interesse. Por isso mesmo a visita é interessante. Aliás, vale dar uma olahda também na reconstituição de época na cozinha, por exemplo.
Site de Chaumont-sur-Loire

Amboise

Amboise é a parada seguinte do trem, depois de Blois, para quem vem de Paris. Esse castelo, outro dos mais importantes do Loire, fica numa elevação junto do rio. Sua construção foi iniciativa de Carlos VIII, mas posteriormente o castelo foi ampliado por seus sucessores. Leonardo da Vinci, convidado por Francisco I viveu nesse castelo seus últimos dias. Além, do castelo, Amboise é uma cidade agradável, simpática, uma ótima base para se visitar outros castelos nos arredores.

Queremos lembrar que a própria cidade de Amboise, pequena e medieval-renascentista, com uma arquitetura charmosa, já é uma atração com sua mistura de estilos e muitas casas em estilo enxamel com estrutura de vigas de madeira cruzadas. Muitos a consideram a mais graciosa entre as pequenas cidades do Vale do Loire.
Site oficial de Turismo de Amboise

Chenonceau

A fortaleza inicial, que daria origem posteriormente ao castelo de Chenonceau foi construída por volta do século X sobre o local ocupado anteriormente por um moinho, numa elevação estatégica junto ao rio Cher. Essa primitiva construção foi incendiada. Ao que parece, seu proprietário Jean Marques andou incomodando a realeza e foi punido. Mas, teimoso, começou a reconstruir o castelo na década de 1430.

Chenonceau é também conhecido como Castelo das Sete Damas. Quem se interessa por fofocas históricas vai se deliciar se pesquisar a respeito. A rivalidade entre Diane de Poitiers, amante de Henrique II, marido de Catarina de Médicis e a luta pela posse de Chenonceu daria uma novela da Globo. Sem esquecer as outras cinco personagens dessa novela histórica. Site do Château de Chenonceau

Tours

Tour é a “metrópole” do Loire. Uma cidade maioriznha, mas com uma arquitetura super interessante, em estilo enxaimel, com vigas de madeira cruzadas. Além disso, nas redondezas de Tours há diversos castelos bem interessantes. As opções de hospedagem, aluguel de veículos e outras facilidades são também maiores em Tours do que em Amboise ou Blois.

Tours possui seu castelo medieval do século XI, mas a construção original foi muito alterada. De medieval mesmo somente sobrou sua torre. Enfim, o mais importante é que a cidade de Tours pode ser uma base para se visitar outros diversos castelos bem mais ineressantes nos arredores.

Tours é uma cidade antiga, fundada pelos romanos no século I. Durante o período romano a cidade possuía um anfiteatro para jogos de circo, termas e templos, além de estradas que a ligavam a outros povoamentos romanos. Tours possui uma catedral do século XII com fachada em estilo gótico com elementos renascentistas acrescentados em reformas posteriores. Merece ser visitada mesmo que você seja ateu convicto. É uma obra de arte. Site oficial de turismo de Tours

Château de Villandry

A partir do século II, com a realeza estabelecida no Loire, acompanhada de sua corte de nobres, iniciou-se uma febre de construção de castelos. Inicialmente eram mais exatamente fortalezas adequadas aos tempos tumultados que a região atravessava. Depois, com a situação mais tranquila, os castelos foram se sofisticando e adquirindo linhas renascentistas, em parte devido à influência de arquitetos e mestres italianos. O Château de Villandry, situado a 15 km da cidade de Tours, que teve sua construção terminada por volta de 1536, foi o último dos grandes castelos erguidos junto do Rio Loire, já em pleno Renascimento. Bem mais tarde, no início do século XX, o château foi comprado por Joachim Carvallo, bisavô dos proprietários atuais, e totalmente restaurado.

O castelo mesmo, não tem em uma importância histórica ou arquitetônica que o destaque dos demais no Valle do Loire. Mas, em compensação, possui três diferentes jardins que deixam os visitantes de boca aberta. Somente seus jardins, alias, já valem a visita. O castelo pode ser facilmente visitado a partir de Tours. Site do Château de Villandry

Chateau Azay-le-Rideau

O Castelo de Azay-le-Rideau, construído entre 1518 e 1527, não impressiona por suas dimensões, mas não deixa de se destacar por suas linhas marcadamente renascentistas e por estar situada numa ilha do rio Indre. Como aconteceu com outros grandes castelos do Loire, Azay-le-Rideau, já teve diferentes proprietários, cada um adicionando um toque pessoal à sua arquitetura. Vale a pena conhecer também seu interior com peças de arte e mobiliário da época do Renascimento. O castelo está aberto à visitação. Site do Castelo d’Azay-le-Rideau

Château d’ Ussé

O Castelo de Ussé foi, como outros no Loire, construído para ser uma fortaleza ou castelo fortificado, com torres de defesa. Sua posição elevada sobre o rio Indre, afluente do Loire, o torna ainda mais imponente. Sua construção data de 1642, mas seu aspecto original, mudou bastante depois de reformas e ampliações, tendo passado pelas mãos de diversos proprietários. Seu estilo atual pode ser considerado medieval-renascentista.

Ussé, que continua sendo propriedade particular, é aberto à visitação. O castelo é conhecido como o castelo da Bela Adormecida pois, segundo os relatos, teria inspirado Charles Perrault (1628-1703) a escrever seu famoso conto. O castelo se destaca também por seus belos jardins, além de sua rica decoração interior, igualmente medieval-renascentista. Site do Château d’Ussé

Chinon

O Castelo de Chinon está localizado na cidadezinha de mesmo nome, numa elevação, junto do rio Vienne, sendo um dos mais antigos do Vale do Loire, construido no século X para ser uma fortaleza. Foi nesse castelo que Jeanne D’Arc se encontrou com o rei Carlos VII em 1429 em plena Guerra dos Cem Anos, entre franceses e ingleses. Infelizmente, hoje parte da fortaleza está em ruínas, mas conserva também áreas preservadas. O interessante é que da colina onde fica o castelo podemos observar a cidade de Chinon e os campos vizinhos, ocupados por vinhedos, uma linda vista. A visita a Chinon também nos permite conhecer antigas máquinas de guerra e entender como funcionavam. Também vale a pena aproveitar a visita ao castelo para conhecer Chinon, uma cidade que se destaca por sua arquitetura graciosa com telhados de ardósia e paredes caiadas. Site da fortaleza de Chinon

Château d’ Angers

O Castelo de Angers, situado na cidade do mesmo nome, da época romana, tem todo o aspecto de uma fortaleza medieval, com posição estratégica, protegido por grandes torres redondas, numa elevação a uns 50 metros acima do rio Maine. O castelo de Angers é também conhecido como Château du Roi René (Castelo do Rei Renato I de Nápoles). Hoje o castelo abriga um interessante museu com belas tapeçarias medievais de diversas origens.Talvez a mais importante coleção do mundo, no gênero. A mais famosa delas é a Tapeçaria do Apocalípse, também medieval, encomendada em 1373 por Luiz I d’Anjou, e que tomou nove anos para ser concluída.
Site do Château d’Angers

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