Amigos viajantes, antes de mais nada, queremos que entendam o perfil de Krabi, diferente de Lanta, Phiphi e outras ilhas. Krabi no Sul da Tailândia é uma ilha grande com uma espécie de “capital”- Krabi Town. Krabi Town é igualmente a cidade principal da ilha, que abriga outras cidades menores onde se pode ir de barco ou de táxi.
Conseguimos nos instalar em um hotel, o Golden Hill, não longe do píer, central e, ainda mais, com uma excelente relação preço-qualidade. Mas, na recepção, porém, me confirmaram. O preço era aquele mesmo! Ou seja, vinte dólares com café da manhã estilo bufet ! Logo depois subimos para o quarto: era amplo, com cama de bom tamanho, armários, frio bar, ar condicionado, wi-fi excelente, mesa para computador, TV a cabo e banheiro grande com banheira. Esse hotel de Krabi, no sul da Tailândia, tinha igualmente uma piscina agradável no meio de um belo jardim.
Hotel em Krabi, no sul da Tailândia
Quando o táxi parou na porta, até me assustei. Enfim, Ketty havia reservado pelo Booking uma noite apenas para a avaliarmos o lugar. Pensei imediatamente que aquele era um hotel muito caro e que ela havia confundido o preço.
A culinária que agradou sem nos falir
Seu restaurante serve pratos bons, da culinária tailandesa e ocidental. Até pizzas, (razoáveis…) tinham no cardápio. As vezes experimentávamos um prato tailandês. Afinal, a aventura culinária faz parte da viagem! Igualmente, me surpreendi com os preços, que se enquadravam em nossa filosofia de “viajar barato curtindo ao máximo” .
Em busca do bangalow em uma praia de sonho
Apesar disso, embalados pela boa experiência em Lanta, do chalé de frente para o mar, decidimos não ficar na cidade, mesmo nesse hotel super gostoso, onde passamos cinco dias. Dessa forma, reservamos pelo Booking um chalé em Ao Nang, ao lado de Ralley Beach, um dos lugares que uma brasileira nos indicara como sendo bem legal.
Evite as agências do píer em Krabi, na Tailândia
Nos informamos no píer de Krabi Town. Tentaram nos convencer a pegar um táxi-boa nos cobrando 1.500 baths, ou esperar o ferry que só partiria com pelo menos dez pessoas. Ou seja, até reunir essas dez criaturinhas teríamos que esperar 2 ou 3 horas… Portanto, aqui vai uma primeira dica: não comprem nada nessa agência junto do cais. São uns pilantras.
Viajantes experientes, desconfiamos que havia algo errado: ou seja não podia ser esse preço. Logo depois, mais para frente, num quiosque que vende excursões, um barqueiro nos propôs para o dia seguinte pela manhã um barco menor por apenas 400 baths para nos levar até Ralley Beach.
Foi um trajeto de uma meia hora por um estuário, um percurso de relativo interesse. Em suma, avisamos apenas pequenos ancoradouros que recebiam principalmente embarcações pesqueiras. A pesca, afinal, é uma das principais atividades não apenas em Krabi, no sul da Tailândia, mas em todo litoral tailandês.
Ralley Beach, em Krabi, no sul da Tailândia
A baia onde fica o ancoradouro de Ralley Beach é, de fato, bonita com grandes rochedos do lado esquerdo da praia. O lugar mesmo, porém não tem interesse.
Assim, nada de chalezinho tranquilo em frente para o mar! Na vila onde paramos a praia é estreita, com uns poucos metros de areia e, ainda mais, com muito movimento de embarcações chegando e saindo. Portanto, nada indicada para nadar.
De qualquer forma, havíamos reservado nosso chalé na praia seguinte ( Ao Nang). Tivemos, portanto, que atravessar uma faixa de terra de uns 500 metros com mochila nas costas e tomar outro barco por mais U$ 6,50 para um percurso de uns oitocentos metros. Foi preciso, assim, esperar uma hora até conseguirem mais passageiros. Uns dez. Conseguiram apenas oito. Aí vieram com o papo de nos cobrar U$ U$ 1,50 a mais…
Enfim, chegamos a Ao Nang. Novamente, praia mesmo, nada, alguns metros de areia e só. Era, assim, uma cidade. Na reserva feita pelo Booking o anúncio do chalé citava na cara de pau que o “Resort” ficava a 300 metros do mar.
O “resort” roubada em Ao Nan, em Krabi, no sul da Tailândia
Tomamos um tuktuk dirigido por uma jovem muçulmana que nos cobrou U$ 6,50 para nos levar até o hotel. Rodamos, portanto, no mínimo um quilômetro e meio, talvez dois. Logo depois descobrimos que o tal “resort” ficava no meio do mato. Não havia lugar algum para comer, (exceto no restaurante deles). Igualmente, não havia onde comprar algo, trocar dinheiro, achar mercadinho, nada etc. Um sertão. O preço praticamente o mesmo do Golden Hill, muito melhor.
Lugarzinho enganação
Na recepção do pseu-resort deparamos com alguns turistas, transpirando sob o calor, ar enfastiado. Assim também, não havia sequer ar condicionado, apenas um ventilador, insuficiente para uma sala relativamente grande.
Da mesma forma, seu restaurante, ficava aberto somente para o café da manhã, almoço e jantar. E, ainda mais, descobrimos depois, era relativamente caro. Ou você aceitava o preço deles ou ficava sem comer. Comida meia boca e serviço péssimo. Demoramos, assim, quase uma hora para sermos atendidos.
Chalezinho insípido
O chalezinho não tinha nada. Nem ar condicionado, nem um só móvel, e um wifi que não funcionava. Nem sequer uma mesinha, aliás, para colocar nosso lep-top. Assim, possuía penas um tablado ao lado da cama para colocarmos a bagagem e um ventilador que quebrava algum galho. Portanto, fartura, só de mosquitos nos infernizando. Foi quando nos felicitamos de, sempre, alugar apenas uma noite. No jantar conversamos com franceses que haviam reservado sete noite e, do mesmo modo, estavam igualmente furiosos, sentindo-se roubados.
A decisão inteligente, voltar para Krabi
Há resorts e chalés caros em praias afastadas, muito bonitas, a alguns quilômetros adiante da “praia” de Ao Nang. O problema, entretanto, é que são muitas, com nomes impronunciáveis, com informações enganosas e ao reservar ninguém sabe onde vai parar. Por sorte, anotamos o fone da muçulmana do tuk-tuk. Ligamos, e ela veio nos buscar para darmos uma volta e conhecer melhor Ao Nang, Descobrimos assim, que era na verdade, uma cidadezinha bem animada. Mais U$ 10 ida e volta…. Falamos de nossa decepção com o tal “resort” ela disse que seu tio, taxista, poderia nos levar no dia seguinte de volta para Krabi Town por apenas U$16.
Ele viria nos buscar nesse mato infernal onde estávamos e nos deixaria na porta do Golden Hill em Krabi Town.
O bom filho a casa torna: de volta a Krabi, no sul da Tailândia
Enfim, torramos bestamente uns U$ 60 por nada. No dia seguinte, a uma da tarde estávamos de volta ao Golden Hill, com um suspiro de alívio ao reencontrarmos nosso quarto grande e limpo, com cama king-size, o ar condicionado, frigo-bar. Da mesma forma, sonhando com a deliciosa piscina com espreguiçadeiras, onde podíamos tomar tranquilamente nossa cerveja gelada.
Os passeios de barco no arquipélago de Krabi
Descobrimos que se pode, a partir de Krabi Town, pegar excursão para as principais ilhas pelo mesmo preço que cobram em Ao Nang. Dessa forma, por U$ 38 dólares por pessoa pegamos uma que cobria as 7 ilhas mais bonitas próximas de Krabi, com águas transparentes de tons esmeralda, onde podíamos mergulhar.
O barco levava aproximadamente vinte pessoas e era coberto na parte central. Para subir e descer havia uma escadinha metálica encaixada perto na proa, numa das laterais do barco. Para descer era fácil. Muita gente, porém, eu mesmo, preferíamos nos jogar na água.
O sofrido exercício de subir no barco
O problema era para subir devido à altura do primeiro degrau, quase no nível da água. Você tinha que encaixar o pé ali esticar o braço até alcançar uma espécie de corrimão e erguer seu corpo. Ora, não é fácil suspender 60, 70 ou 80 kg. Desse modo, os mais gordinhos sofriam.
Logo, se houvesse um degrau uns 30 cm abaixo do nível do mar seria muito mais fácil. Um sistema que descobri para facilitar a subida foi aproveitar o balanço da embarcação e quando o primeiro degrau afundava um pouco mais desse lado do barco, apoiar o pé e tentar erguer o corpo. Mesmo assim era cansativo.
Águas muito transparentes
Todos os lugares tinham águas muito transparentes, em tons esverdeados, de rara beleza. Assim também, o encanto desse trecho próximo a Krabi, no sul da Tailândia é realçado por ilhotas que eram verdadeiras torres de pedra. Curiosamente, tinham a base erodida pelas ondas. Desse modo, com o tempo, em muitas delas a erosão provocada pelas águas formava pequenas cavernas.
Em outros locais, entretanto, havia praias de areia macia, arvoredo e águas límpidas onde podíamos tomar sol e entrar no mar.
Mergulho no arquipélago de Krabi, no sul da Tailândia
Em alguns dos lugares que paramos nos forneciam máscaras e snorkel para apreciar os corais e os peixes. Infelizmente, também em Krabi o tsunami de 2004 destruiu quase todos os corais coloridos. Logo, o que mais vimos foram corais em forma de cogumelo, mas em tons amarronzados. O mar em alguns lugares tinha tons de um tom verde forte, lindo. Ou seja, mesmo sem os corais, mergulhar ali era um prazer.
A destruição dos corais pelo tsunami
Talvez os corais primitivos atraíssem, como eu vi há muitos anos em Phiphi, uma infinidade de peixes de todas as cores. Assim, agora havia menos peixes também. Vimos geralmente pequenos cardumes de peixinhos prateados e uns poucos de várias cores.
Nos locais mais profundos era obrigatório o uso do colete salva-vida, em outros, entretanto, saltávamos do barco apenas com a máscara e o snorkel.
Nesse passeio pudemos ver formações rochosas junto do mar, com formas absolutamente curiosas, espalhadas pelo oceano.
Um arquipélago de milhões de anos
A região era, portanto, um enorme arquipélago constituído há milhões de anos, com ilhas corroídas pela erosão das chuvas, dos ventos e do mar. Muitas nem praia possuíam. Dessa forma, são apenas rochedos muito altos que emergem do oceano.
Outras ilhas eram igualmente curiosas. Frequentemente deparávamos com duas ilhotas “gêmeas”, separadas por um trecho de mar com um pouco mais de meio metro de profundidade. Ou seja, podíamos tranquilamente passar de uma ilha para a outra, caminhando sem dificuldade com água pela cintura no trecho mais fundo.
Passageiros de diversas nacionalidades
Havia na embarcação passageiros de diversas nacionalidades. Cruzamos inclusive com um iraniano que fazia turismo na Tailândia. No barco havia tailandeses também.
A Tailândia é em sua maioria budista, mas no sul, onde estávamos, os muçulmanos eram numerosos. Era fácil distingui-los porque as muçulmanas cobriam o corpo inteiro para entrar na água. Em suma, nenhuma usava biquini. Utilizavam uma veste negra e comprida que chegava até os pés.
O contraste de culturas
Assim, contrastavam fortemente com as ocidentais em seus minúsculos biquinis, e igualmente com tailandesas budistas, de mentalidade mais moderna, que também usavam biquini.
As águas quase mornas do mar no arquipélago de Krabi
Visitamos igualmente praias maiores onde paramos pudemos ficar mais tempo, tomar sol, entrar no mar, muito raso, e sempre de águas cristalinas em diversos tons. Os tons mais fortes de verde eram lugares mais profundos, que causavam um belo contraste de cores com os lugares rasos. O mar muito raso fazia com as águas ali fossem quase mornas.
Em outros locais havia belas praias ao lado de formações rochosas da altura de um prédio de quinze andares, um relevo típico dessa região do sul da Tailândia
O almoço das cinco da tarde
Em algumas ilhas vimos quiosques que vendiam refrigerantes e sanduíches. Mas, claro, tudo muito mais caro do que no continente. Logo, o ideal é trazer umas duas garrafinhas de refrigerante e biscoitos para quebrar o galho. Afinal, partimos ao meio dia de Krabi, sem almoçar e a comida, incluída no preço da viagem, só seria servida lá pelas cinco da tarde numa ilha maior com uma grande praia.
Uma refeição, enfim, muito melhor do que que nos serviram em excursões em Lanta e, principalmente, a de Phipi, arroz com fatias de pepino… Esse foi decente e incluiu mesmo camarões bem grandinho, arroz e legumes.
Praia perfeita para nadar
O lugar escolhido para nosso jantar algo precoce, umas cinco da tarde tinha também a vantagem de ser muito bonito, perfeito para nadar. Como pano de fundo tínhamos outro grupo de ilhas. Esse tipo de praia facilitava a chegada das embarcações bem junto da areia, sendo mais fácil descer e subir do barco.
Além de ser um lugar bom para nadar, com uma longa extensão de água clara e pouco profunda, era igualmente perfeito para apreciar o sol poente. A uns cem metros de nossa praia um enorme rochedo emergia do mar.
Olhando com atenção, notamos na sua base avistamos uma minúscula praia que se podia alcançar com a água pelos ombros, mesmo por aqueles que não sabiam nadar.
Voltar para casa também é bom…
Só lá pela sete da noite desembarcamos na mesma praia da ilha de Krabi onde havíamos tomado o barco, e encaminhados para uma camionete que nos conduziu até o Golden Hill. Claro que o passeio foi muito agradável, mas, por outro lado, nós, como outros passageiros da camioneta estávamos cansados de tanta navegação, sol e mar. Nós, entretanto, só queríamos é reencontrar nosso quarto com ar condicionado, tomar suco do frigo-bar e entrar debaixo de uma boa ducha fria de água doce.
O templo de Wat Kaew Korawaram, em Krabi, no sul da Tailândia
Krabi tem igualmente atrações na própria cidade, como o Wat Kaew Korawaram, um templo budista todo branco numa elevação não longe da região dos mercados. Esse templo tem sua origem no ano de 1887 quando cerca de 200 famílias se estabeleceram nesse estuário que se tornaria depois Krabi Town, onde monges já haviam se instalado anteriormente.
O acesso ao templo atual se dá por uma imponente escadaria decorada com esculturas douradas que conduzem a um grande terraço onde se ergue hoje o Wat Kaew Korawaram.
A contrário da maioria dos templos budistas tailandeses ricos em cores fortes, este é apenas branco e dourado. A sala de ordenação do templo é decorado com esculturas, uma grande estátua dotada de Buda e relicários.
Khao Khanab Nam, uma grande caverna em Krabi, no sul da Tailândia
Outro lugar que nos falaram, que nos deixou curioso, foi Khao Khanab Nam, uma grande caverna com estalactites e estalagmites, a menos de meia hora de barco de Krabi Town.
Caverna habitada desde os tempos pré-históricos
Essa caverna foi habitada nos tempos pre-históricos e conserva alguns esqueletos de seus primitivos habitantes e também de grandes animais caçados por eles, como mamutes.
A maior surpresa, entretanto, ainda mais para mim, ligadão em antropologia e nas origens do ser humano, foi a foto de um esqueleto de ossos e um humanoide gigantesco, que teria sido encontrado na caverna.
Esqueleto fake?
Creio que já li dezenas de livros sobre o evolucionismo e o surgimento do homem no planeta, assisti palestras em Paris e exposições do Musée de l’homem, uma delas sobre o Neanderthal. Nem um só cientista mencionou homens gigantes. Assim também as menções aos ancestrais do homem moderno (Cro-Magnons) referem-se a seres medindo 1,20 até 1,60 ou pouco mais.
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