A Alsácia fica no nordeste da França, na fronteira com a Alemanha. A maior parte de seu território é formado por uma planalto ondulado com colinas baixas, tendo a leste o rio Reno e do lado ocidental a área coberta pelas montanhas dos Vosges. Seu ponto culminante, no Alto Reno é de pouco mais de 1420 ms.
Uma das vantagens para o turista é o clima seco, agradável. Claro, no inverno faz frio. Mas, enfim, frio com sol dá para levar… Os verões também costumam ser secos, embora quentes.
Alsácia na história
Na antiguidade tribos celtas ocuparam a Alsácia, posteriormente os romanos anexaram a região que, assim, virou província do império latino. A pequena Alsácia ocupa um pequeno território que se estende ondulado entre o rio Reno a leste e as montanhas dos Vosges a oeste. O interesssante nessa região é que era francesa, passou a ser alemã após a Guerra Franco-Prussiana, quando a Prússia de Bisrmack deu uma surra na França de Bonaparte III.
Posteriormente, a Alsácia voltou a ser francesa no final da Primeira Guerra Mundial quando os alemães foram derrotados pelas tropas aliadas, sendo obrigados a se render. Em suma, tiveram, dessa forma, que devolver a região à França. Mais tarde, durante a Segunda Guerra a região foi novamente ocupada pela Alemanha de Hitler. Finalmente, (ufa!) foi reintegrada à França após a derrota nazista em i945, opção, aliás, preferida pela maior parte da população alsaciana.
A França com traços germânicos
Em razão dessa dualidade cultural franco-alemã, as cidades alsacianas têm uma arquitetura que lembra muito a germânica. A influência alemã se revela, aliás, em outros aspectos, como costumes, culinária e, igualmente, no conhecimento do idioma alemão. (Ou seja, muita gente compreende e fala a língua de Goethe). Embora a capital da Alsácia seja Strasbourg, as cidades que mais atiram turistas são Colmar, Eguishreim, Turckheim, Sélestat, Obernai, Riquewihr. Um dos melhores programas nesas cidades é perambular longamente pelo centro histórico estiloso com sua arquitetura enxamel de vigas trançadas.
Flanando pelas cidades alsacianas
Só uma dica: o centro hitórico dessas cidades não são práticos para se rodar de carro. Portanto, se você estiver motorizado, deixe o veículo no hotel ou ache um lugar seguro para estacionar. Prepare-se igualmente para andar muito. Afinal, é saudável e também emagrece… Por outro lado, nós, quando caminhávamos por Colmar, por exemplo, deparávamos com comidas de rua e confeitarias capazes de desmoralizar qualquer regime…
Enfim, um passeio por essas cidades não é, porém, para andar o tempo todo, mesmo porque os centros históricos medievais não são muito grandes. Aliás, perambulando pela cidade aproveitávamos também para conhecer o interior de alguma igreja, um lugar perfeito para descansar as pernas. Enfim, sentar-se na penumbra cercado de belos vitrais coloridos e curtir um som de orgão é quase uma meditação, mesmo que você não acredite em nada…
Comes e bebes
É também no centro histórico das cidades alsacianas que você encontra os melhores restaurantes e cervejarias onde servem pratos e aperitivos. Muita gente já sabe disso, mas não custa porém, reforçar, a cerveja alsaciana é excelente. Sem falar nos vinhos brancos, igualmente muitos bons. O prato alsaciano mais comum é o chucrute, como na Alemanha, e igualmente salsichas de tudo quanto é tipo, carne de porco, batatas. Enfim, os bons restaurantes têm, aliás, uma boa variedade de tudo quanto é tipo de pratos. Ou seja, você pode, se preferir, comer um bife com batata ou um risoto.
Hotéis
A Alsácia oferece uma grande variedade de hotéis, hostel,s B&B, Ais Band B etc. Ou seja opções para todos os bolsos. Muitas cidades, aliás, possuem também albergues da juventude. É bom, entretanto lembrar: a Alsácia não é uma região particularmente barata nem para dormir, nem pra comer. Os preços são, aproximadamente os mesmos que os de Paris. Nós utilizamos a mesma tática de sempre no que se refere à hotéis: reservamos um em Colmar, onde iniciamos nossa viagem pela região. Em Colmar reservamos hospedagem na cidade seguinte e assim por diante.
Route des Vins d’ Alsace
A Route des Vins d’ Alsace é um verdadeiro roteiro turístico de viagens, um percurso de uns 170km. Basta ir visitando as cidades e villages medieval e renascentistas junto à Route des Vins. Riquewihr e Colmar são mais turísticas, mas bem charmosas. Gostamos muito igualmente de Obernai a mais “alemã” das cidades alsacianas. Também vale a pena visitar Eguishreim, Ribeauvillé, Sélestat, eTurckheim.
Dicas sobre a Route des Vins d’Alsace
Em dez dias ou doze dias você visita tudo ou quase tudo que interessa. Essa viagem é particularmente interessante para os apreciadores de vinhos. E também uma oportunidade para visitar vinícolas e desgustar alguns blancs. É igualmente uma chance de adquirir bons vinhos, pagando bem mais barato do que nos mercados. Mantenha as garrafas no porta-mala do carro, principalmente se for garrafa aberta. Se você for parado por guardas rodoviários poderá ter probema.
Importante, principalmente se você estiver de carro é cnseguir um mapa da Alsácia no Escritorio Oficial de Turismo.
Já mencionamos que um carro é um trambolho para se visitar os centros históricos das cidades alsacianas. É, porém, a melhor maneira de visitar a Route des Vins. Foi o que fizemos. Motorizados pudemos parar onde queríamos, para degustar um vinho ou fotografar. Os dois lados da estrada são quase totalmente ocupados por extensas produções destinadas principalmente à fabricação de excelentes vinhos brancos.
Castelo de Haut-Koenigsbourg
Outra atração que nos agradou foi visitar o castelo medieval de Haut-Koenigsbourg, uma importante fortificação do século XII, no alto de uma elevação. Além da oportunidade de poder visitar um autêntico castelo da Idade Média, do alto de suas muralhas avista-se o enorme planalto ondulado quase totalmente ocupado por vinhedos a perder de vista. Suas uvas permitem a produção de vinhos brancos, secos e frutados.
A história desse castelo é interessante. Destinado a proteger a Route des Vins, foi foi destruído em 1462 e ocupado pelos Habsburgos, da Casa da Áustria. Estes os reconstruíram, dotando-o de defesas que supostamente suportariam ataques de artilharia. Funcionou apenas em parte. Em 1663, durante a Guerra dos Trinta Anos conseguiu resistir ao ataque suéco durante um mês, até que suas defesas cederam. Foi tomado e destruído. Permenceu em ruínas e esquecido durante quase duzentos anos. Só foi reconstruído quando os alemães pelos ocuparam a Alsácia durante o reinado de Guilherme II, o último imperador alemão.
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