O fato é que queríamos terminar nossa viagem em uma ilha caribenha. O problema, entretanto, é que as ilhas chiques colonizadas por holandeses, ingleses e franceses, são lugares caros. Talvez San Andrés seja o lugar mais caro da Colômbia, entretanto, é o lugar mais em conta do Caribe.
Por que San Andrés, na Colômbia ?
Escapando do frio
San Andrés foi o ponto final de uma viagem de seis meses pela América do Sul, quase toda de busão, da Terra do Fogo ao Caribe. Boa parte dessa viagem foi por lugares de climas frios na Argentina, Chile, Bolívia e Peru. Sentíamos, assim, falta de calor, de praias de água tépidas. Por isso, escolhemos San Andrés, onde eu já havia estado anteriormente há muito tempo. Faz tanto tempo, que creio que foi antes de Colombo chegar a América!
Caribe colombiano: San Andrés, uma viagem barata
Talvez San Andrés seja o lugar mais caro da Colômbia, entretanto, é o lugar mais em conta do Caribe. E, ainda mais, com as mesmas características das ilhas elegantes: clima tropical, com temperaturas em torno de 28 graus o ano todo e boa infraestrutura de turismo. E, finalmente, há o lado humano. Eu já convivi muito com colombianos em Paris. Eles se parecem demais com os brasileiros!
O mar em San Andrés tem águas transparentes de tons azul turquesa e verde esmeralda. A diferença de tom é decorrente da profundidade. Quanto mais escuro, mais profundo e azul.
San Andrés tem igualmente praias de areia branca, piscinas naturais com água tépidas, costa rodeada de palmeiras. Ou seja, é aquilo que chamamos de “ilha paradisíaca”.
Vamos saber mais sobre San Andrés?
San Andrés é uma ilha situada 780 km ao norte (e um pouco mais a leste igualmente), das costas colombianas. Curiosamente, porém, bem mais perto da Nicaragua. Foi por razões históricas que a ilha acabou sendo território colombiano.
Situada não muito longe da linha do Equador, San Andrés é quente o ano todo e não tem estações definidas. Faz calor o ano todo.
A ilha foi, no passado, refúgio de piratas, como Henry Morgan. Diz a lenda que Morgan enterrou seu tesouro em algum lugar da ilha. Nós procuramos, não achamos nada…
A população de San Andrés é, portanto, descendente de piratas, colonizadores espanhóis e escravos negros trazidos para trabalhar nas plantações de cana-de-açucar. Atualmente, embora haja igualmente muitos brancos, a maior parte da população é negra ou mulata.
A época dos tufões
Antes de mais nada, é bom saber que de junho a novembro podem ocorrer tufões. Ou melhor, tufões no Caribe ocorrem o ano todo, porém, são muito mais frequentes nos meses mencionados
A bem da verdade, é ser muito pé frio, mesmo na época em que as violentas tempestades tropicais são mais comuns, ter que enfrentar um tufão. Nós ficamos quase um mês por lá e nunca tivemos que passar por essa experiência. Enfim, se esse tipo de surpresa o preocupa, recomendamos, antes de embarcar para San Andrés dar uma consultada em sites oficiais de previsão do tempo.
Como fazer para conhecer San Andrés
Nós, que estávamos subindo a América do Sul e passamos por Bogotá, tomamos um ônibus noturno para Barraquilla, onde passamos uns dias. Em seguida fomos para Cartagena. De lá tomamos um avião para San Andrés.
Se você vier do Brasil, terá igualmente que passar por Bogotá, a capital da Colômbia, e de lá, tomar um avião para San Andrés. Melhor ainda, ir de Bogotá para Cartagena das Índias, no continente, uma cidade colonial deliciosa e animada, que não dá para perder. De lá há vôos para San Andrés.
Preços das passagens aéreas para San Andrés variam muito
De Cartagena a San Andrés os preços de passagem variam demais: entre U$ 35 (raras ofertas especiais) e uns U$ 60. O importante sempre é pesquisar na internet em busca de alguma promoção. O tempo de vôo é de aproximadamente 1h30. Antes de mais nada, saiba que as aeronaves que voam entre Cartagena e San Andrés são pequenas.
Leve pouca bagagem
Por isso mesmo taxam fortemente bagagem de de compartimento. O limite é de apenas cinco quilos. Assim, como íamos mesmo voltar para Cartagena, deixamos quase toda nossa bagagem no hotel e trouxemos conosco apenas o estritamente necessário. Trouxemos apenas dois maiôs, duas bermudas e umas poucas camisetas, além de de uma sandália. Nem mesmo sapatos trouxemos! Uma surpresa, porém, para entrarmos na ilha tivemos que pagar trinta dólares cada um.
Voando baixo: uma vista área de babar
Esses aviões menores de vôos de curta duração voam mais baixo. Assim, sabendo que chegaríamos a San Andres em uma hora e meia, sempre voando sobre o oceano, ficamos atentos ao relógio. Tal como calculamos, após aproximadamente uma hora e vinte depois de decolarmos de Cartagena das índias, vimos a ilha ao longe. Percebemos que o avião começava a descer. Logo estávamos sobrevoando San Andrés e, do alto, já vimos a barreira de coral que separa as águas tom verde-esmeralda em volta da ilha, do azul intenso do mar aberto. Espetacular!
Hospedagem em guest-house: o Aphril Corpus
Como de costume, reservamos pelo Booking uma noite em um guest-house não longe do centrinho principal da ilha, bem do lado do aeroporto (escutávamos até os aviões posando e partindo!). Havia opções de hospedagem igualmente em um povoado da ilha chamado Loma, em uma colina ao norte do centrinho. Achamos, porém, uma localização menos prática. Pode valer a pena, talvez, se você alugar alugou um carro ou uma moto.
Negociações com Doña Adelaida
A proprietária, a senhora Adelaida, nos cobrou U$ 19 dólares, por um quarto grande com banheiro privativo, pia e geladeira. Enquanto a reserva feita pelo Booking nos garantia por 19 dólares um quarto com ar condicionado, indispensável no clima tropical do Caribe, no guest-house nos propuseram somente um abanico, ou ventilador. O ar condicionado custaria um pouco mais. Depois de uns quinze minutos de negociação conseguimos tudo por apenas U$ 20. Ar e el abanico!
O útil escritório de turismo
Do guest-house dava facilmente para ir ao centrinho e frequentar a praia da cidade, muito agradável para se dar um mergulho. Foi quando entendemos a razão do pagamento de U$ 30 para ingressar na ilha. Em frente a praia existe banheiros limpos grátis, lugar onde trocar de roupa e onde tomar uma ducha de água doce.
Ainda mais, no centrinho, há um quiosque do turismo oficial. Lá conseguimos um mapa de San Andrés, além de informações sobre a ilha. Por isso mesmo, recomendamos: uma das primeiras coisas a fazer é passar no turismo local e conseguir um mapa. Nesse caso, tenha consigo um cartão de seu hotel, e peça para assinalarem no mapa onde fica.
O que fazer em San Andrés
No caminho entre nosso guest-house e o centrinho, onde, às vezes, íamos comer, há vários pequenos balcões que oferecem tours e passeios pela ilha. Assim, nos informamos sobre preços e vimos que ali, igualmente, era possível barganhar. Aliás, em cada lugar, às vezes, um ao lado do outro, nos propunham um preço diferente para uma mesma excursão.
La Piscinita e West View: por conta própria
Um dos passeios que nos interessou foi a la Piscinita e West View. No lugar de pegar uma excursão, preferíamos ir por nossa conta, tomando um ônibus no centrinho. Muito mais barato!
O motorista nos indicou exatamente onde descer. Foi nessas horas que valorizamos a facilidade de comunicação em espanhol. Infelizmente, porém, La Piscinita estava fechada por algum motivo. Assim, o motorista nos deixou em West View, uma atração muito parecida com La Piscinita e que possui também uma piscina natural.
Nadando ao lado de cardumes de peixes
As águas ali são incrivelmente transparentes, e junto a um rochedo. O ideal é alugar máscara e snorkel, como fizemos. Pode-se nadar nessa piscina natural junto a cardumes de peixes atraídos pelo farelo de pão lançado ao mar por turistas. Outra experiência que agrada crianças de todas as idades, que não pude perder, é um longo escorregador até a borda do rochedo, a uns quatro metros de altura sobre as águas azuis, um belo mergulho. Ketty ficou lá do alto tomando cerveja e fotografando…
No local existe um vestiário e um guarda-volume onde pudemos deixar nossas roupas e uma sacola de mão com sanduíches e sucos, que compramos no centrinho.
Parque Johnny Cay: El Acuario e Haynes Cay
San Andrés é a ilha principal do arquipélago. Há outras menores, encantadoras, que se pode visitar tomando uma excursão. Normalmente um mesmo passeio reúne três atrações: o Parque Jhonny Cay e El Acuario e Haynes Cay, um programa para uma tarde inteira.
Fomos em primeiro lugar até El Acuario, uma extensão de areia, com águas de diferentes cores, com diversos tons de esmeralda, turquesa etc.
De um lado da ilha, existe a praia voltada para a cidade ao longe e, de outro, uma grande área mais rasa cheia de corais, onde as águas são de uma transparência inacreditável. Muita gente quer fotografar os peixes e têm câmeras à prova d’água.
Um mínimo de infraestrutura é fundamental
No El Acuario o turismo local teve a sensata ideia de instalar um toalete. Já vi blogs criticando a construção, o que não concordo. Falam em preservação do local e outros papos pseudo-ecológicos. Se não houvesse o toalete como os turistas fariam? Urinariam onde? Eventualmente, numa emergência, fariam onde o número dois? Tranformariam a pequena ilha em um banheiro público?
Snorkel, máscara e sapatilha
Ali se pode igualmente alugar equipamento de mergulho com snorkel. No local existe também uma pequena lanchonete que vende sanduíches e refrigerantes. Compramos tambémuma sapatilha para andar sobre os corais, que podem ser cortantes. Se não houvesse onde comprar sapatilhas como as pessoas caminhariam sobre corais afiados?
Na ilhota há igualmente um guarda-volumes. Assim, não recomendamos deixar roupa, dinheiro, carteira, relógio etc na praia.
Parque Johnny Cay
Um quiosque nessa ilhota vende igualmente protetor plástico de celular, teoricamente à prova d ‘água. Uma brasileira com quem cruzamos por lá comprou um made-in-China e entrou na água. Foi um desastre! Seu celular encharcou e ela perdeu todas as fotos que tinha feito até então.
De El Acuario pode-se tranquilamente atravessar uma pequena extensão de mar de umas duas centenas de metros com aproximadamente um metro de profundidade até a linda ilha de Haynes Cay, um pouco maior, repleta de coqueiros.
Johnny Cay
Johnny Cay é a ilha maior, cheia de coqueiros e com boas praias na ilha toda. Conforme o tour que você pegar, poderá almoçar por lá, onde há mais infraestrutura de turismo. Na volta a San Andres pudemos ainda ver, do barco, as mantas raias, em um local de mais ou menos um metro e meio de profundidade. Ali, guias de turismo dentro d’água seguram as arraias, que podem ser vistas de perto e, mesmo tocadas. O importante é nunca tocar sua cauda, venenosa. Eu já havia tocado esses animais dentro d’água em Bora-Boa, na Polinésia Francesa e sabia dos cuidados. A maioria dos turistas, porém, tem medo de toca-las.
Um pôr do sol maravilhoso
O lugar adequado para apreciar um lindo pôr do sol no mar é o lado oeste (evidente…) da ilha, vindo do centrinho e acompanhado a costa uns trezentos metros após o restaurante Pescadero, (todo mundo conhece) e chegando até o hospital.
Assim, o ideal é chegar por volta de seis e meia, pois o sol realmente se põe por volta das sete. Você verá carros e motos estacionados. Muita gente vem ali para apreciar o colorido final de tarde.
Dicas finais
Para circular pela ilha é possível pegar excursões ou fazê-lo por conta própria, o que sai mais barato. Nesse caso você tem três opções: utilizar o transporte público da ilha, que funciona bastante bem; alugar um carro, ou que sai mais caro, ou alugar uma moto, mais em conta. Informe-se na secretaria de turismo sobre as agências de locação.
Dicas e informações:
Bogotá deve ser um destino obrigatório para quem visita a Colômbia. O país, porém, tem muito mais a oferecer, como, por exemplo, Cartagena das Índias e San Andrés, no Caribe.
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