Nossos pés
Nosso principal meio de transporte quando estamos em Paris são nossos pés. Por isso mesmo, nunca nos hospedamos em lugares longe do centro. Na verdade o centro de Paris, comparado com o centro de São Paulo, por exemplo, é relativamente pequeno. Assim nós, Ketty eu encaramos visitar a pé a maioria das atrações. Mas, enfim, o conselho que se dá a Chico não se dá a Francisco (ou é o contrário?). É óbvio que não é conselho que se dê aos que têm alguma dificuldade de locomoção ou pouca vontade de encarar longa caminhadas. Ou, quem é idoso por exemplo. Mas depende do “idoso”. Vamos devagar. “Idoso” é como carro antigo. Não é mais a data de fabricação que conta, mas o seu estado de conservação e a quilometragem…
Caminhar por Paris, um programão
Acontece que, caminhar por Paris é, para nós, um programão. Diferente de São Paulo e de outras cidades brasileiras onde, quem resolve ir a pé de um bairro para o outro, não tem muito onde ir parando pelo caminho. Paris é cheia de parques e jardins. Sem contar as igrejas medievais onde é gostoso sentar na penumbra e escutar som de orgão. Ou seja, em Paris, criamos nosso esquema de caminhadas. Saímos, por exemplo, para uma caminhada do Quartier Latin, de nosso hotel na esquina da Gay Lussac com a Saint-Jacques, rumo ao Arco do Triunfo, bem longinho. Em quinze minutos estávamos na beira do Sena. Aliás, se você não conhece Paris, anote a dica: utilize o Sena como referência para se orientar. Ou, pelo menos, procure sempe saber se está na Rive Gauche (margem esquerda do Sena) ou na Rive Droite. Já é um começo…
Paramos ali não especialmente para descansar, mas para apreciar o movimento dos barcos subindo ou descendo o rio. Nos sentamos um momento curtindo o visual. Depois prosseguimos. Atravessamos para Notre-Dame. Em seguida acompanhamos o Sena, parando novamente no Pont Neuf, cenário do filme “Les Amants du Pont Neuf“. Na Rive Droite fomos curtindo a Pont des Artes, onde muitos casais igualmente param ali para namorar, aproveitando o visual da Rive Gauche.
Depois entramos nos jardins do Louvre, nos sentamos para apreciar o movimento, já avistando, bem longe, o Arco do Triunfo no final da avenue des Champs-Elysées. Na verdade não estávamos “indo” para um lugar, mas perambulando em determinada direção. Compramos crepes e fomos comer no Jardim de Tuileries, onde ficamos um tempo admirando seus bronzes. Afinal, Paris é um museu a céu aberto.
Assim, parando aqui e ali, subimos a avenue des Champs-Elysées depois de uma longa caminhada que não nos cansou nem um pouco. O trajeto tomou umas três horas. Mas, não caminhamos três horas. Nós passeamos por Paris durante três horas.! Ou seja, quase tudo em Paris pode ser visitado a pé se você tiver disposição, um mapa e bolar um roteiro inteligente com tudo o que deseja conhecer. E, ainda aproveita para perder uns quilinhos e ficar mais esbelto (a)…
Em outros momentos, em diferentes viagens também já fomos do Quartier Latin ao Marais, ao Châtelet, ao Musée Rodin, nos Invalides, sempre a pé, curtindo a cidade. Por isso a localização do hotel ou outro meio de hospedagem onde nos instalamos em Paris é tão importante. As vezes você paga menos na diária do hotel na periferia distante de Oùjudahaaperducesbottes, mas irá gastar em transportes. E, outravocê não veio a Paris para ficar perdendo seu tempo encerrado dentro de um metrô.
Metrô e ônibus
Não há dúvida que o metrô é super útil para longas distâncias. Você compra nas estações carnets com dez unidades, que servem também para ônibus. É Igualmente é importante, antes de mais nada, saber como funciona o metrô parisiense. É fácil: igual ao nosso, copiado dos franceses (muito mais simples do que o de Londres, por exemplo). A diferença é que o metrô parisiense tem muito mais linhas (16) e mais de 300 estações. Em outras palavras, muito mais do que as nossas. Quase todas essas linhas têm uma direção final única (direction) e você troca e faz baldeações (correspondence) em certas estações. Só uma ou outra dessas linhas podem eventualmente se birfucar. Nesse caso fique atento às indicações no alto da estação e nos trens.
Há estações gigantescas como Châtelet, por exemplo, com linhas para tudo quanto é canto e ainda trens regionais (RER) para fora de Paris e para os aeroportos de Orly, ao sul, e Charlles De Gaulle, ao norte. Sem falar de trens para Versailles ou Vincennes, por exemplo que cortam Paris de leste a oeste. O que recomendamos vivamente é que, logo ao desembarcar em Paris você consiga no escritório oficial de turismo dos aeroportos um mapa da cidade e um plano de metrô e ônibus.
Depois organize um roteiro inteligente. O ônibus, devido ao grande número de linhas é, quase sempre menos prático para o turista. A vantagem é que de ônibus você pode apreciar as vistas de Paris, o que não é pouca coisa. A maior dificuldade, para quem não não fala a língua e não conhece a cidade, é pedir uma informação, saber onde descer etc. O que não acontece com o metrô. Mesmo assim, não custa nada: peça também no escritório oficial de turismo um plano com as linhas de ônibus. Ou seja, é muito provável que se você estudar o mapa a e as linhas consiga utilizar de modo satisfatório também o serviço de ônibus.
Os passes
Navigo
O passe de transportes parisiense chama-se “Navigo”. Existem diferentes modalidades e prazos de duração. Podem ser válidos por uma semana, por um mês ou mais tempo permitindo-lhe tomar tantos metrôs, ônibus e RER quantas vezes for necessário. Mas, só vale a pena para quem vai usar muito os transportes públicos. Para nós, que gostamos de caminhar pela cidade, não interessa. Como dissemos, muitas atrações são próximas. A seguinte fica algumas quadras mais adiante. Assim, vamos indo… Lembrando, enfim, mais uma vez que quem estiver hospedado em região central não precisará tomar metrô.
Esse passe, o Navigo, pode ser comprado na estações de metrô ou pela Internet. Como os preços e tipos de passes podem ser alterados, o melhor é entrar na diretamente no site da RATP (a companhia parisiense de transportes), ter sempre informações atualizadas e ver o que mais lhe convém. Acesse RATP. Os preços, é claro, variam segundo a validade e o tipo de passe escolhido.
Paris Pass
Esse é nosso passe favorito, pois dá acesso a inúmeras atrações de primeira grandeza, com o a Tour Eiffel e o Museu do Louvre, o Musée d’Orsay, o Arco do Triunfo e mesmo um imperdível passeio de barco pelo Sena. Além disso, a visita às atrações sairá muito mais em conta do que comprando um ingresso para cada uma separadamente. Ainda mais, você evita filas que, em certa épocas em Paris, chegam a incomodar. O passe também dá direito a1 dia de Big Bus Hop-On Hop-Off.
As vantagens
Esse ônibus de dois andares, aberto no piso superior lhe dá uma boa visão dos arredores onde circula. Só passa a ser desinteressante quando chove ou no auge da alta temporada quando está sempre meio lotado. Enfim, o Hop-On Hop Off para em dez atrações diferentes. Você desce, visita e toma o próximo Big Bus com o mesmo passe. Na compra do passe, válido entre 4 e 6 dias, você receberá também o Paris Museus Pass com entrada gratuita e sem fila em inúmeros museus parisienses. Aliás, esse passe inclui até mesmo a visita do Palácio de Versailles. Você pode comprar o passe diretamente pelo site oficial: Paris Pass
Barco
Os passeios pelo Sena
Ali, naquela ponta da Île de la Cité, junto ao Pont Neuf há bateaux-mouches que organizam passeios pelo Sena. Pode ser pode ser turístico, mas e daí? Você vai apreciar o melhor de Paris, navegar pelo Sena até a Tour Eiffel, ou seja atravessar de barco aquilo que a Unesco considera como Patrimônio da Humanidade. Esse passeio é, portanto, não apenas imperdível, mas merece ser feito à luz do dia e também à noite.
O Bateau-Bus
Embora esse passeio que acabamos de mencionar seja um ótimo programa para se fazer em Paris, não é exatamente um meio de transporte. Para isso existe o Bateau-Bus, que para em diferentes atrações e monumentos. Você pode descer quantas vezes quiser, visitar uma atração e tomar o próximo barco. Igual ao Big Bus com o sistema Hop-On Hop Off. O preço depende da validade do passe que você escolher. Confira preços, modalidades, pontos de embarque e outras informações pelo site: Bateau-bus. A compra também pode ser feita on-line.
Para ir e voltar dos aeroportos
Antes de mais nada saiba que, se você estiver chegando diretamente do Brasil, irá desembarcar no aeroporto Charles De Gaulle, ao norte da cidade, um pouco mais longe de Paris. Quem chega de outra capital europeia provavelmente vai descer em Orly, ao sul, mais perto da capital. De qualquer forma, se você estiver com pouca bagagem (o que recomendamos!), o mais rápido e prático é tomar o RER (Reseau Exprès Regional), um trem regional ligado ao metrô, que serve os dois aeroportos e subúrbios. Há igualmente ônibus do aeroporto para a cidade, mas não são tão práticos e mais lentos.
Há estações em regiões super práticas para se hospedar, na Rive Droite e na Rive Gauche, como é o caso de Châtelet-Les Halles, Saint-Michel ou Luxembourg, em pleno Quartier latin, onde há muitas opções de hospedagem. Nosso hotel favorito fica a uns cem metro da estação. Nem gastamos dinheiro com táxis que, principalmente do aeroporto Charles De Gaulle, pois acaba saindo caro.
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