Livro: A Vaca na Estrada

024 De Paris a Katmandu de carro – “A Vaca na Estrada” Delhi 2

Delhi, onde se hospedar??

Nessa minha primeira viagem à Índia nos hospedamos, Bernard e eu na Velha Delhi. É a preferida pelos mochileiros. Aliás, também por aqueles que desejam conhecer um pouco do que chamam a “Índia verdadeira”. Atualmente, porém, prefiro mais a infraestrutura da Nova Delhi do que o exotismo da Velha… É muito mais prática em todos os sentidos e tem mais opções de hotéis.

De Paris a Katmandu de carro – “A Vaca na Estrada” – Delhi 2

O hotel dos mochileiros

Ficamos em um hoteleco, o melhor que pudemos encontrar. Era frequentado exclusivamente por mochileiros europeus e americanos. Em primeiro lugar, não havia quartos com duas camas e banheiros. Ou seja, tivemos que ficar em um grande dormitório misto. Ou seja, com rapazes e moças lado a lado, distribuídos por camas alinhadas, como num quartel. Enfim, nosso dormitório era, pelo menos, arejado, limpo, com grandes janelas dando para um terraço. O ambiente era simpático, com gente do mundo todo, a maioria jovens, mas, nem sempre. Muitos, como nós, chegaram à India por terra. Em suma, de carro ou de ônibus e trens, da Europa rumo ao Oriente. Atravessaram, assim, todo tipo de paisagem para alcançar a Ásia.

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Trocando o conforto pelo social

O hoteleco era, em suma, um ponto de encontro da moçada de diferentes países, sem distinção de sexo. Ainda hoje, aliás, você encontra lugares assim na Índia e outros lugares da Ásia frequentados pela moçada mochileira. Enfim, na época não nos incomodamos em ficar num dormitório coletivo. Afinal, tanto Bernard, como eu mesmo estávamos predispostos a novas amizades.

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Os tempos dos dormitórios coletivos

Em resumo, trocamos o conforto de um quarto duplo pelo social. Claro que preferíamos um aposento exclusivo para nós. Com um amigo, tudo bem. Em outras viagens, porém, viajei com uma namorada. Tínhamos, igualmente, mais dinheiro no bolso. Assim fazíamos sempre questão de quarto privativo com banheiro. Já se foram os tempos de dormitórios coletivos.

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Exotismo garantido

A região por nós escolhida era agitada, ou seja, mergulhada em constante burburinho. Outros velhos hotéis, igualmente com terraços e balcões abriam-se para a rua. Esta era assim, como um caudal humano no qual pessoas iam e vinham. Todo mundo espremendo-se entre bicicletas e riquixás.
Com efeito, havia de tudo. Assim, enquanto mendigos tentavam a sorte, videntes liam mãos, engraxates propunham seus serviços. Vendedores de bugigangas espalhavam igualmente suas mercadorias à beira da calçada. Barbeiros aparavam barba e cabelos na rua mesmo.

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Variando o menu

Há vários pratos da culinária indiana, muito semelhantes, aliás à paquistanesa, que eu gosto. São, em suma, culinárias muito parecidas. A cozinha dos dois países possuem igualmente pratos regionais bem semelhantes. E existe ainda uma certa variedade de opções em comuns. A grande maioria dos pratos na Índia, como no Paquistão é acompanhada de molhos. Vegetarianos ou com diferentes tipos de carne, como búfalo, carneiro ou frango

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A comida super temperada

São geralmente molhos amarelos do curry ou avermelhados, espessos, e, também, quase sempre muito apimentados. Ou seja, sem falar da enorme variedade de outros condimentos de sabor marcante. Alguns muito bons, outros enjoativos, com os quais nunca consegui me adaptar. Quase todos são acompanhados de arroz cozido e, quando muito apimentados, com curd.

Fast-food para variar

Eu apreciava muitos pratos orientais. Quando cheguei a Delhi estava, porém, meio cansado desse tipo de comida. Queria, pelo menos, vez ou outra poder variar. Assim, foi com satisfação que deparei com um fast-food em New Delhi. Conseguiram reproduzir aquele estilo bem norte-americana dos Macs. Tiveram, porém que se adaptar aos padrões da cultura local no que se refere à alimentação.

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De Paris a Katmandu de carro – “A Vaca na Estrada” – Delhi 2IA fas food indiana

A fast food indiana

Ou seja, o hamburguer era de carne de cabrito ou de galinha. Afinal, fazer hamburguer com vaca sagrada, na Índia, nem pensar! No restante, o Mc Donalds de Nova Delhi é igual aos que existem no Brasil e no resto do mundo. Em suma, a batata frita no ponto, o cautchup, o serviço rápido. Ainda mais, era um lugar limpo (inclusive os banheiros!). Um lugar, portanto, que merece ser mencionado para quem está meio enjoado da comida local. Ou, pelo menos para poder variar de vez em quando.

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Os leitores de mãos

Nas ruas da Velha Delhi, personagens barbudos, de cócoras, liam mãos. É impressionante, aliás, como atraiam clientes. Nunca vi um que estivesse literalmente de mãos abanando… Ou seja, sempre estão com alguém, ou “cliente” à sua frente. E, igualmente, no mínimo, uma dezena de curiosos à sua volta, ouvindo sérios todas as previsões. A moça ou, mais exatamente, a família dela vai topar o casamento? O freguês devedor vai mesmo pagar o que deve? Será que vou de fato conseguir um novo emprego?

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De Paris a Katmandu de carro – “A Vaca na Estrada” – Delhi 2

Privacidade não existe

Todo mundo acompanhava. Em suma, privacidade, portanto, é algo que parecia não existir. Todo mundo na roda ficava sabendo de cada detalhe de sua vida. Deparamos também com astrólogos. Sentados de cócoras comentavam o horóscopo de clientes. Sempre, aliás com um grupo de curiosos em volta. A astrologia tem enorme importância no país. Afinal, mesmo indianos de certa cultura tomam a sério superstições. Como, por exemplo, crer que quem nasce sobre a influência do planeta Marte é azarado. Nesse caso, se pretender se casar, deve procurar um parceiro igualmente pé frio…

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De Paris a Katmandu de carro – “A Vaca na Estrada” – Delhi 2

A modernidade chegando

Já comentei anteriormente que a modernidade está ocupando cada vez mais espaço na Índia. Ou seja, a Índia tem conseguido progressos significativos em inúmeros setores. O país tem crescido e se tornado mais importante. Essas mudanças, que acompanhei atentamente, são muito visíveis nas grandes cidades, como Delhi. A região em volta da Connaught Place, aliás, está ficando lotada de arranha-céus modernos. Outros estão sendo construídos em ritmo acelerado.

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Lotada de prédios modernos

Uma tarde no cinema

Veja a matéria sobre o cinema indiano, uma instituição no país

Sigam o relato:

Sigam esta aventura de carro pelas estradas da Ásia. Atravesse o Oriente mágico e exótico que encantou milhares de jovens europeus. Uma experiência vivida pelo autor do livro “A Vaca na Estrada” por países como Turquia, Irã, Afeganistão, Paquistão, ÍndiaNepal


Veja a continuação desta postagem:
Delhi 3 

Explicação necessária:

Outras viagens pela Índia, lugares e experiências

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Nosso destino nessa viagem de carro, espinha dorsal do livro “A Vaca na Estrada” de Paris ao Nepal, seria Katmandu. Da Europa passaríamos pela Turquia, Irã, Afeganistão, Paquistão e Índia. Antes, porém, de seguir para o Nepal fomos visitando outros lugares na Índia. Aliás, como estive diversas vezes no país, o livro “A Vaca na Estrada”, inclui igualmente algumas experiências vividas em outras viagens pelo subcontinente indiano.
Mumbay Goa Os marajáso controle da natalidade  A arte na ÍndiaRajastão 1 – “A Vaca na Estrada” – Rajastão 2 – Casamento à indianaViagem de trem na Índia As castasA colonização inglesa Gandhi  – Costumes, cultura De Paris a Katmandu de carro – “A Vaca na Estrada” – Shiva e Jesus 

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