Cultura geral

Israel e Palestina

Em 1947, após o fim da Segunda Guerra Mundial, a ONU, criou o United Nations Special Committee on Palestine), um plano de divisão do território, então sobre domínio inglês. Segundo esse plano a região seria dividida em dois estados, um árabe e outro judeu, sendo que Belém e a cidade de Jerusalém ficariam sob controle internacional por serem regiões caras ao cristianismo, ao islamismo e ao judaísmo. Nessa divisão os judeus levaram nítida vantagem. Mesmo sendo minoria (700 mil apenas), ficaram com 53% do território e os árabes, (1 milhão e 400 mil) ficaram com cerca de 47%.

O que foi tratado na ONU

Depois disso, impulsionado pelo líder judeu inglês Barão Rothschild foi colocado em prática o plano sionista de incentivar a imigração de judeus da Europa e de outras regiões do mundo para ocupar a Palestina e criar o “Grande Israel”. Assim, em novembro de 1947 numa seção da ONU– presidida por Oswaldo Aranha, um brasileiro, foi feita a partilha para a criação de dois estados, um judeu, outro palestino. E os palestinos, cujas famílias vivam a séculos nesses territórios foram expulsos, perderam suas terras e seus bens. A injustiça dessa divisão fomentada pela Inglaterra acirrou a animosidade entre judeus e árabes, resultando em diversos conflitos que, Israel, bem armado por ingleses e norte-americanos, levaram vantagem.

Israel hoje, com territórios tomados aos palestinos

A partir daí os israelenses foram ocupando inclusive as áreas pertencentes ao futuro estado palestino, estabelecendo colônias, denunciadas pela própria ONU como ilegais. Israel também impediu a criação do Estado Palestino, como era previsto pela ONU. Acontece que a ONU é, na prática, dominada pelo chamado Conselho de Segurança, formado por USA, China, Rússia, França e Reino Unido, com direito a vetar qualquer decisão que os contrarie, mesmo decisões tomadas pela maioria da Assembleia Geral, refém desses cinco países. Assim, todas as numerosas moções aprovadas pela maioria dos países do mundo condenando Israel por desrespeitar decisões das Nações Unidas são sempre vetadas pelos USA, aliados incondicionais de Israel.

Onu, nas mãos de 5 países com direito a veto
Por pressão de Israel a propostas brasileiro de corredor humanitário
foi vetada pelos USA

Muita gente se pergunta porque motivo os USA vetam invariavelmente qualquer decisão que contrarie Israel e impedem o estabelecimento de um Estado Palestino. É muito fácil: o lobby judaico no congresso norte-americano é poderoso. Contrariar esses interesses pode significar perder uma eleição. É o poder do dinheiro.

O fato é que a cada ano Israel apesar de já beneficiados na partilha do território, ainda quer mais e avança sobre territórios palestinos. Governos americanos e israelenses mais esclarecidos tentaram acordos de paz e quase chegaram a bom termo. Mas Issac Rabin, o lider israelense que aceitou um acordo de paz foi assassinado por um extremista de direita israelense e o acordo foi, dessa forma, sabotado. Posteriormente, com a ascensão de Benjamin “Bibi” Netanyahu, íider da extrema direita israelense, apoiado pelos partidos religiosos judeus a situação piorou ainda mais com colonos israelenses invadindo áreas palestinas para estabelecer colônias, explusando nesses processo habitações a população árabe. Netanyahu implicado em diversos casos de corrupção estava tentando ainda sufocar o poder judiciário do país, o que provocou forte reação popular da parte da população israelense. Acusado contra o muro, com risco de perder o poder e, eventualmente ir parar na cadeia foi salvo pelo ataque criminoso do Hamas. Afinal, numa situação de guerra os israelenses tiveram que apoiar seu governo cujo desleixo facilitou a ação dos terroristas. Ou seja, o Hamas salvou a pele de Benjamin Netanyahu!

Corrupto, com intenção de anular o poder judiciário do país, acuado pelos próprios israelenses, foi salvo pelo ataque do Hamas

Com relação ao Hamas, o grupo é pau mandando do regime extremista islâmico do Irã, uma ditadura que sufoca o povo iraniano, em especial as mulheres que podem ser condenadas por delitos ridículos, como se recusar a usar véu. Com relação ao ataque terrorista do Hamas contra a população israelense foi algo bárbaro, criminoso, injustificável. Mesmo porque o Hamas não está preocupado com a solução de dois estados vivendo em paz lado a lado, mas pretende a destruição total de Israel. É terrorista mesmo!

Por outro lado, Benjamin Netanyahu buscando vingança está atacando indiscriminadamente a população civil palestina inocente e que nem apoia o Hamas. Os bombardeios aéreos de Israel, com modernos aviões fornecidos pelos USA ,está matando principalmente crianças, mulheres e velhos, atacando hospitais, creches, maternidades, escolas e campos de refugiados, impedindo a entrada de água, comida e combustível para os geradores dos hospitais que ainda sobram. Cortaram a eletricidade e a água, não deixam chegar ajuda humanitária. Estão cometendo o que se chama “crimes de guerra”.

A proposta do Brasil para abertura de corredores humanitários aprovada por imensa maioria no Conselho de Segurança foi vetada pelos USA a pedido de Israel. Os ataques israelenses resultaram inclusive na morte de 57 funcionários das Nações Unidas e de organizações humanitárias. Organizações como o Médicins Sans Frontières têm denunciado esses crimes.. Enquanto isso os militantes do Hamas em seus bunkers subterrâneos com comida e água são os que menos sofrem. Isso apesar de diversos países, em teoria aliados de Israel, e a imprensa internacional terem denunciado esses crimes horrendos praticados pelas chamadas Forças de Defesa do estado israelense.

Mortos sendo enrolados em mortalhas, hospital bombardeado por Israel

Ou seja, mataram muito mais crianças e mulheres, pessoas inocentes que não apoiam o Hamas, do que os próprios terroristas. Em resumo, o governo de Israel em matéria de terrorismo supera em muito o Hamas.

Ataque israelense: as crianças são as principais vítimas

Quando o secretário Geral das Nações Unidas, Antonio Gutierrez, lembrou que a situação na palestina têm razões históricas que alimentam o terrorismo, o extremista nazistoide Netanyahu estrilou. Mas, é a verdade é que a Faixa de Gaza é uma prisão a céu aberto, e a Palestina sofre a 65 anos uma ocupação cruel. Os palestinos não tem sequer uma pátria, não têm direitos de cidadão como qualquer povo, vivem permanentemente humilhados pela tirania israelense, vendo seus territórios sendo cada vez mais ocupados por colonos israelenses. Israel, em suma é que impulsiona o ódio e o terrorismo. O que esperar de uma criança que chegue à idade adulta e se lembre como sua mãe, toda sua família foi assassinada em bombardeios israelenses? Será mais um que, facilmente, será recrutado pelo Hamas ou outro grupo extremista!
Finalmente, os sionistas se julgam “povo escolhido de Deus”, da mesma forma que os nazistas se consideravam “raça superior”. Em outras palavras, a mesma mentalidade fascista. Os demais seres humanos são lixo.

Resumindo: eu, autor deste post, sempre tive amigos judeus no Brasil e em Paris, onde morei.Sou anti-sionista, mas não aceito o antisemitismo e racismo. Estou careca de saber que o Hamas é um grupo terrorista criminoso e é inaceitável o ataque à população civil israelense com a qual sou solidário. Mas, estou igualmente indignado com os crimes cometidos contra mulheres, crianças e velhos palestinos pela aviação de Netanyahu, um sionista assassino que só incentiva com suas ações os grupos extremistas e, indiretamente o antisemitismo. Enfim, só desejo para Israel é que escolham como seu governante um homem como Issac Rabin que entendeu a necessidade de dois estados que possam viver em paz, lado a lado.

Festa da Paz em Assis, na Itália, reunindo palestinos e judeus pacifistas

Dicas de como viajar na mídia

MISE AU POINT IMPORTANTE

NOSSOS GRUPOS NO FACE:

Gente, em primeiro lugar quero deixar claro que tive na França e no Brasil amizade com judeus. No Brasil recebí israelenses pacifistas na minha casa em Ubatuba. Tudo gente boa. Também em viagens pelo mundo conviví com judeus e muçulmanos. Sobre os muçulmanos, no Turquia, Tunísia e Argélia me convidaram para ficar na casa deles. São extremamente hospitaleiros, generosos.

Enfim, da mesma forma que muitos aqui, estou horrorizado ao saber que o exército do governo Benjamin Netanyahu continua atacando hospitais, assassinando crianças, mulheres, idosos e jornalistas, funcionários da ONU, gente que nada tem a ver com o Hamas. Mas, quero deixar claro que, se considero o governo sionista de Israel criminoso, não podemos nos tornar antisemistas. Ou seja, meu vizinho judeu em São Paulo não tem nada a ver com os crimes de Netanyahu.

Aliás, Netanyahu ao tentar destruir a democracia em Israel estava sendo cada vez mais rejeitado pelos israelenses. O ataque criminoso do Hamas contra a população civil israelense o salvou. Com o país em guerra os israelenses não poderiam atacar seu governo. Mas, o fato é que, devido a Netanyahu, a rejeição a Israel está aumentando no mundo todo. Assim, cada vez mais europeus e mesmo norte-americanos condenam os massacres praticados pelo exército sionista no território palestino.

É quase unânime no mundo todo, na ONU, e nas organizações internacionais, o apoio a tese dos dois estados. Mesmos os israelenses estão se concientizando que os palestinos têm direito a sua pátria. Só Benjamin Netanyahu e seus sionistas rejeitam essa sensata solução, a única possível para uma paz definitiva. A única para que israelenses e palestinos possam viver em paz, lado a lado. Não se trata de minha visão pessoal. Essa tése é apoiada pela ONU, pelos USA, pelos europeus. Afinal, indiretamente, Benjamin Netanyahu é quem mais está incentivando o terrorismo e o antisemitismo no mundo.

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