Viena, a capital da Áustria, com um pouco menos de um milhão de habitantes não é, para os padrões brasileiros, muito grande. A ideia era conhecer Viena, e, igualmente, Innsbruck e Salzburg, destinos que não podiam deixar de fazer parte de nosso roteiro de viagem pelo centro da Europa. Eu já passara por Viena quando fui de Paris ao Nepal de carro muitos anos antes. Mas, passara apenas um dia na cidade e nem me lembrava de nada. Ketty estava também ansiosa por conhecer Viena. Lera a respeito da Áustria, vira fotos e se encantara.
Mapa de Viena
Hotel no centro histórico de Viena
Conforme nosso costume, procuramos nos instalar numa região central da cidade, onde há opções de hospedagem as mais variadas, desde hotéis de luxo a hostels. Assim, conseguimos uma pensão, super bem localizada, onde tínhamos quarto com banheiro privativo, muito limpa. Tudo é muito limpo, na Áustria!. A reserva já tinha sido feita em Praga, pelo Booking.com.
Em suma, embora não reservássemos todo nosso roteiro, sempre garantíamos o hotel na cidade seguinte. Com liberdade de tempo, queríamos chegar e partir de uma cidade quando desejássemos, sem nos meter numa camisa de força de um cronograma de viagem rígido. Mas, sabemos que somos um tanto fora do padrão. Ou seja, se você tem apenas um mês de férias (como todas as pessoas normais…) e vai visitar vários lugares na Europa, pode ser mais prudente e já ter hotel reservado nos destinos que constam de seu roteiro.
Escolha e reserve seu hotel em Viena
Como ir: chegar em Viena é muito fácil
Foi muito fácil viajar de trem vindo de Praga, na República Tcheca, para a Áustria. Também foi muito tranquilo percorrer o país por via ferroviária. Sem esquecermos das paisagens. Ketty e eu ficávamos com o nariz colado na ampla janela do trem curtindo o visual de pitorescas aldeias nos vales junto a picos nevados. Estávamos em pleno outono e os trechos de floresta que avistávamos do trem, tinham belos tons avermelhados.
Para quem gosta de visuais românticos é um prato cheio! De qualquer forma, há igualmente linhas de ônibus entre Viena e outros destinos na Europa, além de voos diretos das principais cidades europeias para a capital austríaca. Não há voos diretos do Brasil, você terá de trocar de avião em Paris, Londres, ou outra capital da Europa. Ou, ainda, por exemplo,descer em Zurich, na Suíça e tomar um trem para Viena.
A melhor época para visitar Viena
Como eu disse acima, estávamos viajando no outono. Não somos friorentos, até gostamos de temperaturas mais frescas. Durante o dia, com sol, os termômetros apontavam 18 ou 20 graus. Um casaco de couro sobre uma camiseta era nossa vestimenta perfeita para o clima. As noites eram mais frescas. Mas, como caminhávamos muito, não sentíamos frio. Outra época boa para visitar a Áustria é a primavera. Os parques e jardins em todo canto ficam floridos.
O verão pode ser um tanto quente, o clima do mundo está mudando, como todos sabem. Em Viena em agosto você pode ter que encarar 37 graus, ou algo em torno disso. Não tem graça nenhuma perambular com o sol batendo forte numa temperatura assim. Finalmente, o inverno é para quem quer esquiar. Para ficar caminhando horas pelas cidades austríacas não é, aliás, a época mais indicada.
História de Viena
Embora já habitada por povos de origem celta, Viena, como boa parte da Europa da época, acabou, no início da Era Cristã, sendo integrada ao Império Romano, situação que se manteve até o século V. Devido a fatores históricos, mas também geográficos, já que gozava de uma situação estratégica na Europa de então, acabou se tornando, assim, um polo comercial entre o centro do continente europeu e os países da Europa Ocidental. Claro que, isso atraiu a atenção de bárbaros orientais, mais precisamente os mongóis, que cercaram a cidade no século XIII. Mas, os vienenses deram uma sorte única. O chefe mongol Oquedai Clã morreu. Ou seja, sem comando, os mongóis desistiram de atacar a cidade e voltaram para suas planícies asiáticas. Viena escapou por pouco.
Os Habsburgos
No fim da Idade Média, no século XV os Habsburgos ocupavam o poder na cidade. Mais tarde, formariam, junto com a Hungria, o império Austro-Húngaro. Enfim, Viena era uma presa cobiçada e nos séculos XVI e XVII. Assim, a cidade foi situada pelo otomanos, repelidos à duras custas. Posteriormente Viena tornou-se capital do Sacro Império Romano-Germânico. Referência cultural em todo o centro da Europa, Viena viveu um período de progresso comercial. Foi essa riqueza, aliás, que tornou Viena igualmente um centro científico e artístico, sobretudo no que se refere à música clássica, incentivada pelos Habsburgos. Aliás, a capital austríaca é conhecida como “A Cidade da Música”. Afinal, vários grandes mestres da música clássica viveram e estão sepultados em Viena. É o caso de Mozart, Beethoven, Brahms, Schubert, por exemplo.
Mesmo na área da psicologia, Viena foi um importante centro de teorias e estudos. Explica-se.. Já ouviram falar de Sigmund Freud e de seus seguidores famosos, como Carl Gustav Jung? (Um pessoal que só pensava “naquilo”…) E, e ainda tinham razão.
Enfim, nos dias de hoje, a capital austríaca tem igualmente outra qualidade: é um dos mais altos padrões de vida no continente europeu.
Flanando por Viena
Nós estávamos alojados no centro histórico, na margem esquerda, o lugar ideal para se visitar quase tudo a pé, fácil para nós acostumados às longas caminhadas quando viajamos. O centro histórico de Viena é bonito, com belos parques e edifícios bem cuidados, mas sua arquitetura não tem nada de muito especial, se comparada com a de outros centros históricos na Europa.
As cerejas do bolo
Mas, Viena vale a visita em razão de seus palácios e algumas construções imponentes, como é o caso de Palácio Schönbrunn, sua prefeitura, muito bonita, a Catedral de Santo Estêvão, o Castelo Veste Oberhaus, ou mesmo, a Heldenplatz, talvez a mais linda praça de Viena. Perto fica uma atração diferente: a famosa Escola de Equitação Espanhola onde os cavalos dão verdadeiros shows. Se puder, não perca o espetáculo! Outra coisa que não pudemos perder foi flanar pela cidade à noite. Que visual!
Cozinha austríaca
Como é nosso costume, parávamos pelo caminho para comer ou beliscar algo,. Quisemos, porém, experimentar também a culinária local de restaurante, excelente, uma feliz soma de influência da gastronomia alemã, tcheca, italiana e húngara. Assim, gostamos muito, do Knödel, que apesar do nome alemão, parece ter mais influência italiana, já que se trata de uma espécie de nhoque, mas muito maior, alongado. E delicioso! Temos ainda o Sauerkraut, muito semelhante ao chucrute alsaciano ou alemão, basicamente repolho fermentado, meio azedo, mas saboroso. Outro prato que nos agradou foi a Käsekrainer, uma original linguiça de porco recheada com pedaços de queijo. Finalmente, entre as sobremesas, experimentamos a Apfelstrudel, uma torta de maçã muito semelhante à alemã. Um doce manjado (até no Brasil e em vários outros países, como Chile, por exemplo).
Vinhos
A gastronomia austríaca combina bem com os vinhos brancos locais. Embora a Áustria também produza vinhos tintos, o destaque fica com os brancos, os vinhos que mais gostamos na Áustria. A uva mais cultivada no país é a Grüner Veltliner. Experimentamos até mesmo o espumante produzido com essa uvas e, igualmente, vinhos adocicados (de colheita tardia) que acompanhavam bem alguns queijos locais e também muitas sobremesas. Em suma, não é um vinho “docinho”, onde misturam até açúcar, bons só para quem não entende nada do assunto. A colheita tardia torna o vinho adocicado, mas pelo açúcar natural resultado de uma fermentação mais prolongada.
Embora sejamos apreciadores de vinho e tenhamos experimentado alguns, inclusive um espumante, sabíamos que as cervejas austríacas, da mesma forma que as alemães e tchecas eram excelentes. Enquanto caminhávamos pela cidade vez ou outra parávamos em um bar para saboreá-las com tranquilidade. Isso não nos impedia de comprar uma latinha aqui ou ali numa dessas máquina distribuidoras.
Um café famoso
De qualquer forma, é uma cidade agradável para se flanar. Assim, parávamos para uma relaxada e descansar as pernas em um de seus badalados cafés. Inesquecível foi visitar o café mais famoso de Viena, que é também confeitaria: o Demel inaugurado em 1786, um dos café mais antigos da Europa, situado na proximidades do palácio imperial Hofburg, residência de inverno dos Habsburgo. Êita cafezinho bom! E os doces ? Perguntem a Ketty, ela é especialista nesse assunto…
Algumas dicas
Algumas já são padrão em nossas postagens, como viajar na melhor época (outono e primavera), e se hospedar no centro histórico.
Importante: o ideal para visitar a cidade mais facilmente é pegar um mapa, folhetos e informações no escritório de turismo oficial como nós fizemos. Existe um escritório no aeroporto e também no centro de Viena, Centro de informação ao turista Albertinapl. 1 – +43 1 24555. O mapa e folhetos permitem que você selecione o que visitar e possa se orientar facilmente, sem pegar excursão.
Nós, em Viena, tomávamos como referência o Danúbio (como fazemos com o Sena em Paris e o Tâmisa, em Londres). Ou seja, ou estávamos na margem direita ou na esquerda e, a tantas quadras do rio. Super fácil! É importante lembrar que o centro histórico, a região mais interessante da cidade, onde ficam as principais atrações, fica na margem esquerda do Danúbio.
Brogs de turismo sobre a Áustria
Áustria – Galeria fotográfica.
Dezenas de imagens sobre as mais belas regiões do país
Já pensou onde vai se hospedar em Viena?
Escolha e reserve seu hotel em Viena
Nossa filosofia de viagem
Todos nossos vídeos têm o turismo como tema. Assim também, temas correlatos, como “gastronomia em viagem” ou “vinhos em viagem” que igualmente se enquadram no tópico turismo. Nossos vídeos refletem nossa filosofia de viagem e de vida. Portanto, quando viajamos, não queremos apenas visitar atrações turísticas ou curtir belas paisagens. Afinal, isso é parte importante da viagem, sem sombra de dúvida. Curtimos, porém, conhecer a cultura, costumes, a gastronomia do país, sua arquitetura, sua produção artística e sua religião.