Innsbruck
Innsbruck fica a mais ou menos 200 km de Salzburgo, umas duas 2 h de trem, e a umas cinco horas de Viena. De carro o tempo de viagem é parecido, segundo a recepcionista do hotel. As paisagens continuaram espetaculares, mas com a diferença que eram mais alpinas, com picos nevados ao lado de vale verdejantes onde se espalham aqui e ali pequenas cidades e aldeias servidas pela via férrea.
Não há voos diretos do Brasil. Mas, Innsbruck possui o maior aeroporto da região do Tirol. Em suma, você pode chegar a Innsbruck via Milão, Londres ou Paris, com eventual conexão em Viena. Há também o ônibus. Assim, talvez o mais prático para quem chega do Brasil é tomar um avião para Milão e de lá o trem, o mais rápido, ou ônibus, o mais econômico, uma viagem de pouco mais de cinco horas.
Mapa do roteiro
Mapa de Innsbruck
Innsbruck: “A Ponte sobre o Rio Inn”
O nome Innsbruck tem uma significação. A cidade é, como Viena e Salzburgo, também cortada por um rio:. No caso, o Inn. Bruck, significa “ponte” na língua de Goethe. Ou seja “Ponte sobre o Rio Inn”. Como outros rios austríacos, o Inn possui aquelas águas de tons esverdeados, resultado do derretimento das neves nas altas montanhas vizinhas nos vales atravessados pelo rio Inn.
Muralha de pedras e gelo ao lado da cidade
innsbruck, capital do Tirol, com cerca de 140 mil habitantes, é ainda uma das maiores cidades da Áustria (apenas um pouquinho menor do que Salzburgo). Innsbruck, embora tenha um núcleo principal com um belo centro histórico, possui também povoados em áreas espalhadas nos vales junto às montanhas, muitas vezes estações de esqui no inverno. Para dizer a verdade, foi a cidade que mais nos impressionou por ficar aos pés dos Alpes. Da principal avenida de Innsbruck, no centro histórico, já vimos aquela muralha de pedra e rocha bem na nossa frente. Gostamos de Viena e de Salzburgo, mas Innsbruck superou nossas expectativas. As principais atrações, situam-se, é claro, no centro histórico, mas algumas de suas mais belas paisagens ficam nesses povoados vizinhos que também fazem parte de Innsbruck.
Hotel em Innsbruck
Contrariando nosso costume, desta vez ficamos num povoado próximo à cidade e não no centro histórico. Quando fomos fazer nossa reserva vimos fotos não só do hotel (o Grube-Of), no povoado de Igls, que nos pareceu mais do que adequado, com quartos grandes. Vimos, igualmente, fotos do lugar, de excepcional beleza. Além disso, os preços nos surpreenderam por serem muito baratos, visto a qualidade do hotel. Logo descobrimos porque: ficava próximo a uma pista de esqui badalada. Ou seja, fica lotado no inverno, a alta estação em Innsbruck, mas estávamos na baixa estação, com direito a preços super promocionais no outono. Anotem a dica!
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Assim, conseguimos um ótimo quarto com frigobar e cafeteira elétrica para fazer café. O banheiro era também impecável. Além disso, nosso aposento possuía uma varanda de frente para as montanhas com os cumes nevados. Fora da alta estação, não serviam café da manhã, mas do lado do hotel serviam café. Aliás, na pitoresca aldeia próxima descobrimos um pequeno supermercado. Pudemos, portanto, comprar o básico para um café da manhã caprichado no quarto: café com leite, queijo, frios, frutas. Compramos até um vinho para tomar à noite…
A ligação fácil com o centro histórico de Innsbruck
Evidentemente, queríamos não apenas curtir a paisagem, mas tínhamos igualmente a intenção de ir ao centro histórico de Innsbruck. Pedíamos informação na recepção. Havia um ponto de ônibus bem do lado do hotel diretamente de Igls até o centro de Innsbruck, à cada meia hora. Um percurso de uns quinze minutos ou um pouco mais. A moça da recepção, sem muito o que fazer nessa época, com o hotel quase vazio, dominava bem o inglês e nos deu boas dicas: uma delas foi comprarmos com o motorista do ônibus um passe válido por vinte e quatro horas. Assim, íamos até o centro de Innsbruck e voltar quando queríamos. Sempre, aliás, curtindo vistas dos picos nevados pelo caminho.
Igls, uma disputada pista de esportes de inverno em Innsbruck
Quando íamos fazer compras no mercadinho de Igls aproveitávamos para curtir o visual e observar a arquitetura alpina, com belas casas espalhadas pela aldeia. Essas casas possuiam frequentemente pequenas varandas repletas de flores. Muitas delas pertenciam a pessoas que todos os anos, durante a temporada de inverno vinham esquiar em Innsbruck. A maioria era da capital, Viena, mas tinham igualmente casas em Igls, como residência de inverno. Algumas, porém, pertenciam a esquiadores alemães, muitos de Monique, a menos de cem quilômetros de Innsbruck. De qualquer modo, convém lembrar que Innsbruck é um dos mais importantes centros de esportes de inverno da Europa, tendo sediado as olimpíadas de inverno em 1964 e em 1976.
Patscherkofel
Igls possui uma estação de esqui no alto de uma montanha vizinha, Patscherkofel. Evidentemente, a estação mesmo, só funciona no inverno, ou seja, quando há neve. Mas, é possível visitar a colina em qualquer época. Mais um vez, demos sorte: a estação do teleférico (Patscherkofel Cable Car) até o pico fica a uma centena de metros de nosso hotel. Assim, pudemos dar uma subida, sabendo que panoramas majestosos nos esperavam. Subimos em um bondinho envidraçado juntamente com um outro casal, todo mundo encantado com as paisagens. Em alguns trechos quase roçávamos no arvoredo pouco abaixo de nós.
A festa mesmo foi lá no alto. A montanha do outro lado do vale conservava neves eternas nos seus paredões rochosos. Tudo muito bonito. Só que frio… Havíamos vestido um pulôver sob nosso blusões de couro, tínhamos cachecol de lã, mas depois de um tempo o frio começou a incomodar. Felizmente há um café-restaurante no topo, aberto também nessa época do ano.
O revigorante café nas alturas
No seu interior a temperatura estava agradável. Um café quente logo nos recuperou. Anote essa outra dica do relato: em Patscherkofel faz frio praticamente o ano todo. O mesmo vale para outras estações de esqui na Áustria e no resto da Europa. No alto é sempre frio! Mesmo no verão vista casaco e pulôver.
Umas poucas mesas estavam ocupadas por visitantes que comiam algo ou simplesmente esquentavam o bucho como nós. Imaginamos que, na alta estação, durante o inverno, o lugar estaria abarrotado de esquiadores.
O centro histórico de Innsbruck
Quase todos os dias dávamos uma chegada ao centro histórico de Innsbruck e ficávamos perambulando por lá. Da mesma forma que o centro histórico de Salzburgo, tudo podia ser percorrido a pé. Não tínhamos pressa. Se nos cansássemos simplesmente escolhíamos uma confeitaria onde, sentados à mesa, tomávamos um chocolate quente, ou algo assim. Depois prosseguíamos o passeio.
Um labirinto de ruelas
Como todos os centros históricos de traçado medieval, o de Innsbruck era formado por um labirinto de ruas, largos e pracinhas. Quase todas desembocavam numa larga avenida principal que terminava na encosta íngreme da montanha em frente à cidade. Nas ruelas dessa espécie de “miolo” do centro histórico há belas construções antigas, algumas poucas em estilo enxaimel, o mesmo que vimos na Alsácia e outras regiões da França e também em alguns lugares da Alemanha. De qualquer modo, curiosamente, esses imóveis de alguns andares lembravam mais a arquitetura que eu já vira nos países nórdicos, bem mais distantes da Áustria, do que da Alemanha a menos de cem quilómetros de Innsbruck.
Construções de estilo variado
Como muitas dessas construções são seculares e passaram por reformas sua arquitetura é variada, obedecendo ao estilo da época em que o imóvel foi reformado. Isso, aliás, não afeta em nada a beleza do centro histórico de Innsbruck. Ao contrário, torna-o ainda mais interessante, pelo menos para os que se interessam por arquitetura. Um passeio pelo centro de Innsbruck deve necessariamente incluir uma esticada até uma das pontes sobre o rio Inn. É da margem em frente que se tem, mais de longe, visão do centro histórico à beira do rio.
O que comer no centro histórico de Innsbruck
Em nossa aldeia na estação de esqui Igls havia junto do hotel uma pizzaria que servia, além da pizza, também lasanhas, coisas assim. Mas, quando queríamos variar o menu, tomávamos nosso ônibus para o centro histórico. Como comer almoço e jantar em restaurantes sai, na Áustria, meio caro, frequentemente optávamos por comer algo em uma de suas inúmeras lanchonetes, geralmente pratos comuns em toda a Europa, como espécies de quiches, sanduíches variados, salsicha aperitivo com batatas, ou o fish and chips, o manjado peixe com batata frita. Também comíamos aperitivos com salsichas e linguiça, sempre com batata. Aliás, quem não gosta de batata não deve viajar por essa região da Europa… Enfim, havia também hambúrgueres ( acompanhados de batatas fritas!) algumas opções de fast food dos Mac da vida.
As confeitarias tentação
Não há como negar: em matéria de doces os austríacos são bons. Entendem do assunto. Aliás, existem em Innsbruck vários café-confeitaria espalhados principalmente pela avenida principal, mas também em ruelas. Sem luxo, mas com vitrines expondo doces de todos os tipos, tortas variadas, bombas de chocolate e, como não podia deixar de ser, as apfelstrudel, as manjadas e deliciosas tortas de maçã, semelhante às alemãs.
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Todos nossos vídeos têm o turismo como tema. Assim também, temas correlatos, como “gastronomia em viagem” ou “vinhos em viagem” que igualmente se enquadram no tópico turismo. Nossos vídeos refletem nossa filosofia de viagem e de vida. Portanto, quando viajamos, não queremos apenas visitar atrações turísticas ou curtir belas paisagens. Afinal, isso é parte importante da viagem, sem sombra de dúvida. Curtimos, porém, conhecer a cultura, costumes, a gastronomia do país, sua arquitetura, sua produção artística e sua religião.