Finalmente, um porto no litoral: Lima
A fundação da Ciudad de los Reyes , (Nota do Autor: Lima) foi assim consequência da necessidade de Pizarro de dispor de um porto. Com menos ouro, mas, com um exército mais poderoso, o Gobernador tinha, portanto, os meios para fundar mais uma cidade costeira. Afinal, Jauja ficava nas terras altas, muito longe, portanto, de qualquer porto. Para esse fim destacou três cavaleiros, para percorrer a região litorânea repleta de dunas, conhecida como a Costa da Sede. Prosseguindo rumo ao norte, acabaram, porém, descobrindo um belo vale junto do rio Rimac. Ou seja, o vale do rio Rimac tinha muita água, madeira e era também habitada por índios amigáveis. Além disso, próximo dali existia igualmente um bom porto natural, adequado para receber os navios vindos do Panamá.
A fundação de Lima
O clima era bom. Ou seja, nunca demasiadamente frio, nem quente. Avisados da fundação da Ciudad de los Reyes, fomos, assim, convocados a ajudar no trabalho. Em suma, colaborando com o mestre espanhol dos índios, encarregado das obras, mas que não falava nada de quéchua. Ao contrário de Cusco, construída toda de pedra, a capital de Pizarro foi, porém, erguida muito rapidamente com tijolos e blocos de adobe. Em 18 de janeiro de 1535, uma multidão formada por soldados, boa parte deles homens trazidos por Pedro de Alvarado, índios, religiosos e escravos negros, assistiu à cerimônia de fundação de Lima. Enfim, mais uma cidade espanhola em solo peruano. Seria nessa cidade, estrategicamente situada, que novos batalhões de piruleros de todas as partes da Espanha desembarcariam, embalados pelo sonho do ouro fácil. (Nota do Autor: “Pirurelo” era como apelidavam todos aqueles que deixavam a Espanha, para tentar a sorte no Peru).
A Plaza Mayor
Uma grande praça – a Plaza Mayor, foi traçada nos moldes das cidades espanholas. Também chamada de Plaza de Armas, a praça teria como principal construção a igreja. Aliás, a primeira pedra da catedral o próprio Pizarro assentou. A praça foi assim, dedicada, por sua vontade, à Virgen de la Asunción. Depois, foi lida a ata de fundação, cujos trechos chegaram entrecortados aos meus ouvidos. A cidade seria assim “grande e próspera pela vontade de Nosso Senhor e da Virgem, pois foi edificada para seu Santo Ofício e para nossa fé católica”. Enfim, “criada entre essas gentes bárbaras até esta hora desviadas do conhecimento da verdadeira doutrina”.
O que pensava Ortiz
Olhei para Ortiz e José com o rabo dos olhos e tive a impressão de vislumbrar uma ligeira ironia em seus olhares. Já notara, aliás, que tanto o índio como Ortiz pareciam não dar muita atenção aos valores religiosos. José, convertido quase à força na cidade do Panamá havia poucos anos, eu entendia. Mas Ortiz, não. Cheguei, dessa forma, a pensar, quando o conheci, que era mais um judeu convertido. Posteriormente, porém, fiquei sabendo ser homem de boa casta. Ou seja, entre os soldados ignorantes, era um dos que sabia ler, viajara e conhecia certamente alguma coisa da vida. Seria isso que o fazia diferente e, portanto, mais crítico?
Nitaya e Ñusta
Na praça foi demarcada também a área para outras construções, como a casa de Pizarro e a que abrigaria o Cabildo. Saindo da praça foram traçadas ruas muito retas divididas em quadras. Com a fundação da Ciudad de los Reyes, Jauja esvaziou-se, já que muitos preferiram ficar próximos do litoral.
Ortiz, José e eu fomos enviados de volta a Cusco, onde nos reuniríamos com o pelotão de cavaleiros comandados por Soto. Deveríamos, porém, ficar sob as ordens de Almagro, que fora nomeado por Pizarro governador da cidade. Na antiga capital inca, nos surpreendemos mais uma vez com nossos filhos, cada vez maiores. Notamos que Nitaya e Ñusta, mães inexperientes, recebiam orientação de índias mais velhas, de casas próximas.
Forma de amamentar que nos surpreendeu
Chamou-nos a atenção o sistema utilizado por elas para amamentar. Não entendíamos do assunto, mas sabíamos que os hábitos eram muito diferentes dos espanhóis. Era um seio por vez, e somente três vezes ao dia. Esgotado o leite de uma mama não deixavam que mamassem na outra. Quando lhes perguntamos por que agiam assim, nos explicaram que não queriam que se tornassem gulosos. Além disso, nem sempre pegavam as crianças no colo para amamentá-las. Ou seja, apenas se inclinavam sobre elas, deixando que mamassem assim como fazem os bichos. Também nos pareceu estranho o fato de enfaixarem as pernas das crianças dos joelhos para baixo com um tecido de algodão.
– Para que isso? – perguntei.
– Para terem as pernas sempre retas e firmes e, quando crescerem, trabalharem bem – explicou-me Nitaya. Não me atrevi a retrucar.
Repaamos ambém que crregavam os bebês em uma bolsa nas costas. Eu já havia, aliás, notado que era assim que as nativas carregavam seus bebês.
As mães incas
Também notei que as duas mães conservaram o cordão umbilical de cada criança, enrolados de modo a formar um objeto oval e alongado, que davam para que chupassem quando começavam a chorar. Não as transportavam como as espanholas, no colo. Ou seja, levavam as crianças nas costas, envolvidas em mantas. Cozinhavam, moíam o milho, faziam todas suas tarefas com as crianças acomodadas dessa maneira. Quando cansadas, penduravam a manta presa por um cabo em uma viga do teto, como se o bebê estivesse em uma rede. Só à noite o colocavam em seu berço, o quirau, uma espécie de cunha de madeira entalhada, que lembrava uma pequena canoa. Ortiz e eu olhávamos aquilo estupefatos, mas sem nos decidir a dar palpite.
– Elas devem saber o que estão fazendo – disse meu amigo. Balancei a cabeça, concordando, sem saber muito o que dizer.
Llullu Llocac Guamra. O que é isso?
O único momento em que discordamos, e fizemos valer nossa opinião, foi quando começaram a chamar as crianças de Llullu Llocac Guamra, que era o nome atribuído a todos os lactantes. Ou seja, como a mortalidade entre os recem-nascidos era alta não sabiam, portanto, se iriam sobreviver. Dessa forma, pelos costumes incas, não precisavam ainda ter nomes próprios. Depois nos disseram que dos quatro aos nove anos passariam a se chamar Pucllacoc. Ao completar nove anos receberiam o nome de Tocllacoc. Em suma, não tinham, nem mais velhos, um nome próprio!
Nomes cristãos
Achamos esse costume um absurdo. Peguei na mão de Nitaya quando ela me disse isso, sentei-me junto a ela.
– Não me intrometi até agora em nada sobre sua forma de educar nosso filho. Mas ele foi batizado com um nome cristão. Você terá que chamá-lo de Pedro, ou de Pedrito, que é uma forma mais carinhosa para uma criança. Ela ergueu os olhos para mim e concordou lentamente com um movimento de cabeça.
– Pedrito…
Ortiz me contou que tivera uma conversa bem semelhante com Ñusta, só que ela chorara.
– Sim, um só nome, como todo espanhol. Não me imagino chamando minha filha de “bebê”, depois de “menina”, ou algo assim… Ele respirou fundo:
– Senti muito que Ñusta tivesse chorado por isso. Parece uma criança. Mas o nome de minha filha é Isabel e quero que seja chamada assim.
Pizarro e Almagro se desentendem novamente
Quando a harmonia parecia voltar a reinar entre os espanhóis, notícias chegadas da corte abalaram porém Nueva Castilla. Por influência de seus partidários, Almagro fora nomeado Gobernador de Nueva Toledo, a região ao sul de Cusco, e que se estendia até o Chile. Ora, Pizarro, não gostou. Achou que Almagro poderia se sentir tentado a incluir Cusco na área a ele atribuída pelo imperador. Assim, mandou um mensageiro à antiga capital inca. Ou seja, destituiu o sócio e nomeou seu jovem irmão, Juan, em seu lugar. Eu caminhava pelas proximidades da praça, em Cusco, quando vi Melchor Verdugo, o enviado do Gobernador, chegar à casa dos Pizarro. Logo começou um alvoroço de gente que entrava e saía do casarão e reunia soldados e armas. As ordens, conforme vim a saber, eram para não mais obedecerem a Almagro. Cada um queria Cusco para si.
Quase uma guerra civil
Do lado almagrista, todos também se entrincheiraram em suas casas. Era quase uma guerra civil. Ódios e ressentimentos vieram logo à tona. Por ordem de Almagro, seu tenente de armas, Soto, montou em seu cavalo e apresentou-se à frente da casa dos Pizarro, chamando-os à ordem. Mas, no lugar de o obedecerem, tentaram aprisioná-lo. Assim, Soto, teve que fugir, perseguido pelos irmãos de Pizarro e seus homens, que o ofendiam aos brados, acusando-o de traidor. Ou seja, escapou por pouco. Juan era o mais exaltado:
– Volte aqui, filho de uma cadela! Venha nos enfrentar! gritou Gonzalo, imitando o irmão dois anos mais velho, seu exemplo na vida, mais do que Francisco.
A situação se complicou porque os homens de Pedro de Alvarado, não se fixaram na Ciudad de los Reyes e se juntaram assim a Almagro. Eram, aliás, os que até então pouco ou nenhum ouro tinham conseguido amealhar. Dessa forma, invejavam os que chegaram antes à colônia e tomaram posse de verdadeiros tesouros. Assim, insistiam, esperando uma recompensa. Por isso, defendiam que Cusco devia fazer parte de Nueva Toledo.
Cusco dividida
Durante quase três meses Cusco permaneceu dividida. Ou seja, cada grupo ergueu suas barricadas de um lado da cidade, mas trocaram apenas ofensas e tiros de bestas entre si. Criou-se assim um impasse. Em suma, nenhuma das facções tinha força suficiente para desalojar a outra. Ortiz e eu permanecemos fiéis a Soto, nosso comandante. Mas a situação nos incomodava. Afinal, vários de nossos companheiros estavam alinhados com Juan e Gonzalo Pizarro.
– Não quero matar espanhóis! comentei com Ortiz.
– Talvez Pablo tenha sido mais esperto do que nós em partir a tempo. A conquista terminou, acho que o pior porém, está para vir.
Na manhã de 11 de junho, chegou-nos a notícia de que Francisco Pizarro se aproximava de Cusco, o que acalmou os beligerantes, mas gerou expectativas. Almagro se adiantou e foi ao seu encontro. Enfim, para surpresa de muitos de nós, os dois se deram primeiro um forte aperto de mão. E logo ambos se abraçaram como amigos e deram início a conversações.
Almagro e Pizarro negociam
Ortiz, ao meu lado, suspirou:
– Parece um abraço bem falso. Cada um, se pudesse, enfiaria uma lâmina entre as costelas do outro.
Pensei o mesmo. A rivalidade entre as facções crescia. Mesmo tendo conseguido algum ouro e prata ao pilhar Cusco, os soldados que chegaram ao Peru com Almagro tinham pouco em comparação conosco. Afinal, tomamos Cajamarca e capturamos Atahualpa. Mais pobres ainda eram os homens trazidos por Pedro de Alvarado e incorporados por Pizarro. Sabíamos, aliás, que não hesitariam em nos roubar se facilitássemos. Assim, Ortiz e eu tivemos que, com a ajuda de Nitaya e Ñusta, enterrar nossas riquezas no chão da casa em que ficamos, cobrindo bem o buraco e escondendo-o com mantas de pele.
Almagro segue para o Chile
Pizarro, hábil, prometeu dar todo apoio a Almagro na conquista das terras ao sul de Cusco, a Nueva Toledo, Segundo Pizarro, esse território que incluía o Chile, seria ainda mais rico do que o Peru. Em suma, guardava muito ouro. Pizarro, que desejava ver-se livre do sócio deu graças a Deus por se livrar igualmente daquele bando de desordeiros que Almagro herdara de Pedro de Alvarado. Assim, ajudou a expedição com armas e cavalos. Também lhe forneceu índios e africanos incumbidos de transportar as provisões. Boa parte deles, aliás, acorrentados para não desertar, morreram de fome e frio na cordilheira.
Canibalismo
Posteriormente, um soldado que participou da expedição me disse:
– Se alguém quisesse nos seguir teria sido muito fácil. A cada légua, pelo menos, havia o cadáver de um índio. Ao que parece, os únicos que não passaram fome foram os nicaráguas, trazidos por Pedro de Alvarado quando chegou ao Peru. Ou seja, são canibais e devoravam os que morriam na neve. Chegaram até a engordar com tanta fartura de carne humana. Um desses índios disse a carne humana tinha sabor muito semelhante à de porco. Meu estômago ficou embrulhado. Durante dois meses pelo menos não consegui comer a carne suína.
Francisco Pizarro entrega Cusco a seu irmão Gonzalo
A situação, entretanto, mudara mais uma vez. Assim, lmagro seguiu para o Chile com cerca de cento e cinquenta cavaleiros. Soto, porém, que ficara em Cusco sofria a hostilidade dos irmãos de Pizzaro. Dessa forma, acuado, , resolveu voltar para a Espanha.
Assim, Pizarro, depois de ter deixado seu irmão Gonzalo responsável por Cusco, partiu de volta para a Ciudad de los Reyes, com o sentimento de missão cumprida. Ortiz e eu, porém, achávamos que o Gobernador estava cometendo um erro. Enfim, deixar um desmiolado de apenas 26 anos com tamanha autoridade mostrava quanto Pizarro era dependente de seus irmãos encrenqueiros.
Um desmiolado dando ordens
Com tanto poder nas mãos, Gonzalo, apoiado por seu irmão Juan e outros encomienderos, passou a exigir cada vez mais ouro de Manco Yupanqui. E, ainda mais, o clã Pizarro exigiu que Inca lhe entregasse as princesas reais.
A pressão foi tanta que Yupanqui tentou enganar Gonzalo. Assim apresentou-lhe outra índia, vestida e penteada de modo semelhante à princesa. Ou seja, como se fosse sua esposa. A artimanha não deu certo. Gonzalo já vira a princesa uma vez e não acreditou. Fez, aliás, um escândalo no palácio.Assim, passou a gritar que queria a Coya, a princesa real verdadeira. No final, os dois irmãos acabaram por descobrir a jovem esposa de Manco Yupanqui e a violentaram seguidamente.
A repercussão
A notícia correu; ou seja, todos em Cusco souberam o que houve. Até mesmo Nitaya e Ñusta, quando lhes perguntamos se sabiam o que ocorrera, nos deixaram claro que a repercussão entre os quéchuas foi péssima. Muito ruim disse minha companheira, fitando-me, muito séria. – Os índios vão querer vingança.
Eu permaneci em Cusco com Ortiz e José, perguntando-me se não seria hora de voltar para a Espanha com o ouro que tínhamos conseguido. Já havia conversado com Ortiz a respeito. Gonzalo e Juan eram uns irresponsáveis e acabariam provocando problemas que atingiriam a todos nós, espanhóis
. – Eles vão provocar a perda de tudo o que Pizarro conseguiu – resmungou meu amigo.
Onde tem mais ouro?
Eu sabia que a situação estava se deteriorando com os índios e não podia prever quanto tempo mais teria Achachíc
comigo. O plano inicial de Pizarro, era de manter um imperador inca vassalo, mas com certo prestígio. Infelizmente, porém, não foi tomado a sério por seus irmãos ou pelos encomienderos. Para mim era claro que Achachíc e outros nobres não estavam gostando do rumo que as coisas tomavam. Apesar disso, nossas relações eram sempre amistosas e continuávamos tentando aprender sobre o mundo dos quéchuas. O índio também nos fazia perguntas sobre a vida na Espanha, que respondíamos divertidos. Pizarro agora estava longe, e Gonzalo e Juan já tinham nos deixado claro que os costumes incas não lhes interessavam.
– Quero saber é se podem me contar onde têem mais ouro disse Gonzalo num tom de pouco caso.
– Saber o que esses miseráveis pensam da vida não me serve para nada.
Os costumes incas
Felizmente, como fora o Gobernador que nos encarregara de obter informações com Achachíc, nos deixavam em paz. Assim, pudemos continuar a lhe ensinar castelhano e a conversar com nosso inca. Dessa forma, abordávamos temas os mais diversos. Por exemplo, como era o casamento deles, como constituíam família. Pizarro, enfim, nunca nos pedira para saber sobre isso.
Nós é que éramos dois espanhóis curiosos. Eu via casais com crianças, mas ignorava se existia cerimônia ou uma festa de casamento, como era o costume entre os cristãos. Desde que chegara ao Peru nunca vira nada semelhante. Era inútil perguntar a Nitaya e Ñusta. Elas tinham sido educadas para serem Virgens do Sol e não sabiam nada sobre casamento e costumes, exceto aqueles que diziam respeito à sua condição.
O casamento coletivo
Quem realmente nos contou como as coisas se passavam foi Achachíc, surpreso em saber que nos interessávamos por assuntos como aquele. Podia haver contato íntimo entre solteiros, mas não se admitia a sodomia nem o adultério. Não havia, tampouco, prostitutas, ou sequer uma palavra para denominás-la. O incesto, comum para o Inca, que deveria se casar com uma parente próxima, era vedado aos demais. Cocei a cabeça:
– Ninguém se casa, como fazemos na Espanha?
– Existe casamento, sim – disse –, mas os guerreiros e moças em idade de casar são reunidos e se casam todos ao mesmo tempo.
– Ao mesmo tempo?… Como assim?
– Sim, um oficial que chamamos Huarmicoco, o distribuidor de mulheres, se encarrega disso. Rimos com a expressão.
O distribuidor de mulheres
Achachíc explicou:
– Os ayullus, nossas aldeias, são divididos ao meio por um rio, como vocês já devem ter reparado. O distribuidor de mulheres casa as moças de 18 anos de um lado do rio com os rapazes de 25, que já cumpriram sua temporada no exército e vivem na outra margem. Assim, o Huarmicoco organiza duas filas, toma a mão de cada mulher e a entrega a um guerreiro.
Estávamos incrédulos.– Mas… – disse eu, não há uma escolha, uma preferência?
– Bom – disse Achachíc, com um ligeiro sorriso, as mais bonitas são mais procuradas. Ou seja, em geral eles se ajeitam na fila para coincidir preferências.
Mas, o Huarmicoco também organiza a cerimônia, de modo que um homem alto fique com uma moça alta, o anão com a anã, o manco com a manca.
Mulheres como presente
Já tínhamos percebido que entre os incas era comum presentear alguém com mulheres. Mesmo o imperador recompensavam serviços prestados por seus nobres, presenteando-os com mulheres. Até mesmo Pizarro ganhara uma irmã-comcubina de Atahualpa.
– Os hatun runa não ganham mulheres de presentes?
Achachíc balançou a cabeça.
– Não, eles só podem ter uma esposa. São gente do povo.
– E quando se casam?
– Depois constituem família, recebem terras para cultivar e passam a ser guerreiros de reserva do exército.
Siga o relato:
Como um analfabeto no comando de menos de duzentos homens, com pouca ou nenhuma experiência militar, conseguiu dominar um império de doze milhões de pessoas ?
Siga a continuação desta postagem: Hernando chega a Cusco
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