América do Sul

Valle Sagrado dos Incas

O que é o Valle Sagrado dos Incas

O Valle Sagrado dos Incas, atravessado pelo rio Urubamba, reúne não somente alguns dos mais importante sítios arqueológicos do Império Inca, que tinha Cusco por capital, mas igualmente algumas cidadezinhas bastante interessantes, como PisacOllantaytambo

Valle Sagrado dos Incas, um verdadeiro museu a céu aberto

Para você entender melhor:

Valle Sagrado dos Incas

As belas paisagens do Valle Sagrado dos Incas

Em algumas elas, normalmente aos finais de semana, há feiras de produtos locais e artesanatos. A principal cidade é Pisac, porém um tanto turística. Assim, a feira de Chinchero é mais autêntica. Nesse passeio você pode, ainda mais, apreciar paisagens grandiosas cortadas pelo rio Urubamba. Da estrada você vê longe, do outro lado do rio, as plantações em terraço, técnica agrícola avançada desenvolvida pelos incas.

Ruínas no Vale Sagrado dos Incas

Como ir?

Para chegar ao Valle Sagrado dos Incas é fácil: basta subir a Calle Suecia que sai ao lado da Plaza de Armas, para chegar a Sacsahuamán, um dos mais importantes sítios arqueológicos de toda a região de Cusco. Fica a apenas 2 km de Cusco. Para visitar as demais atrações do Valle Sagrado, entretanto, a conversa é outra. Ou você pega uma excursão em uma agência de turismo de Cusco ou vai por conta própria.

Ir por conta própria, muito melhor

Já visitei mais de um vez o Valle Sagrado dos Incas, mas sempre por conta própria. Munido de um mapa, combinei com um motorista de táxi um preço fixo para um passeio de um dia inteiro no Valle Sagrado. Dessa forma, parávamos onde queríamos, o tempo de queríamos, sem estarmos acompanhados de um monte de gente.
Quero lembrar que é possível se hospedar no Valle sagrado, Pisac e Ollantaytambo, por exemplo possuem alguns hotéis e restaurantes.

Sacsahuamán, no Valle Sagrado dos Incas

A época ideal para visitar o Valle sagrado

Sei que muitos brasileiros só podem sair de férias em janeiro, a época em que mais chove na região. Enfim, as chuvas podem atrapalhar um pouco sua visita, mas não a ponto de torná-la impossível (confie na deusa-mãe, Pachamama, mas traga um guarda-chuvas!). Ou seja, procure reservar mais tempo para sua viagem ao Peru para poder driblar as chuvas. Se puder, porém, procure visitar o Altiplano (onde ficam as principais atrações) na época seca, de abril a novembro.

Atrações no Valle Sagrado dos Incas

Sacsahuamán

Sacsahuamán, no Valle Sagrado dos Incas, com Cusco ao fundo

A primeira delas é sem dúvida Sacsahuamán. É enorme! Acredita-se que começou a ser construída no século XV e tomou mais de cem anos para ser concluída.
Na sua construção utilizou pedras de muita toneladas, trazidas de longe. As pedras menores foram, porém, retiradas pelos espanhóis e utilizadas para construir palácios e igrejas. O que você verá em Sacsahuamán será, portanto, as pedras mais pesadas utilizadas em sua base, difíceis de serem retiradas e transportadas até Cusco.
Na língua quéchua Sacsahuamán significa “falcão satisfeito”. Arqueólogos acreditam que essa obra gigantesca tinha simultaneamente uma importância religiosa e militar.

Awana Kancha

Awana Cancha, no Valle Sagrado dos Incas

Não se trata de sítio arqueológico, é, entretanto, super interessante. Trata-se de um centro que busca preservar técnicas artesanais de fiação e tecelagem da época dos incas utilizando-se a lã de camelídeos sul-americanos, como a lhama a alpaca e a vicunha.

Centro de tecelagem no Valle Sagrado dos Incas

Você poderá ver de perto o trabalho dos artesões, bem como os produtos à base de extratos minerais e vegetais utilizados há muitos séculos, desde a época do Império Inca, para o tingimento dos tecidos. Apesar de não utilizarem nenhum recurso moderno de tingimento, as cores praticamente não desbotam.

Valle Sagrado dos Incas, tecelagem com métodos tradicionais

Em Awana Kancha há inclusive um cercado onde ficam lhamas, alpacas e vicunhas, que fornecem a lã para a fabricação dos tecidos. Repare nas pelagens diferentes dos animais. 
Antes de mais nada, saiba que as lhamas, por exemplo se aproximam bastante dos turistas, porém, mexer com os bichos pode não se uma boa ideia: assim, lhamas, quando importunadas “cospem” sobre as pessoas.

Lhamas no Valle Sagrado dos Incas

Pisac, no Velle Sagrado

É uma cidadezinha numa das pontas do Valle Sagrado, com tendas de artesanato e alguma infraestrutura turística. Ali funciona aos finais de semana um mercado nativo, sempre, porém, com todo tipo de artigo de interesse do turista como estatuetas de madeira, objetos de prata, bijuterias etc.

Pisac, no Valle Sagrado dos Incas

Nas colinas vizinhas a Pisac ficam as ruínas com construções que lembram as de Machu Picchu, que incluem torres, bacias de banhos cerimoniais, o Templo do Sol (Intihuatana, em idioma quéchua), terraços com vistas das montanhas. Existe até mesmo um curioso cemitério inca, bastante curioso porque os mortos eram enterrados em buracos escavados na montanha.

Dá para subir de táxi até um ponto relativamente alto das ruínas. Enfim, ainda há um tanto a subir, mas nem todos se dispõe a fazê-lo… Do Templo do Sol, porém, já se tem uma bela vista do Valle.

Chinchero, no Valle Sagrado

Artesanias nativa em Pisac, no Valle Sagrados dos Incas

Chinchero é mais “autêntica” do que Pisac, muito menos cheia de turistas. Outra particularidade é que o povo ali ainda tem o quéchua como língua materna. Uma de suas atrações é o mercado índio que acontece aos domingos e vende produtos agrícolas, frutas, algumas das quais você nunca viu antes, além de artesanato tradicional, mantas e outros tecidos. O mais interessante em Chinchero é sua igreja colonial do século XVII construída principalmente com blocos de adobe.

Ollantaytambo, no Valle Sagrado

Esse sítio arqueológico fica bem mais afastado de Cusco – uns 100 km. Por isso mesmo nem todo turista, que geralmente prevê uma tarde apenas para visitar o Valle Sagrado, acaba visitando. Ollantaytambo era ao mesmo tempo um centro religioso e uma fortaleza. Compreendia igualmente uma região residencial. O conjunto fica no alto de uma subida um tanto cansativa, sobretudo se considerarmos que fica a 2.800 metros. 

Importância histórica

Foi nessa fortaleza que o Inca Manco Cápac travou uma das últimas batalhas contra os espanhóis. 
Ollantaytambo conservou uma antiga tradição dos antigos ayllus (aldeias, base da organização inca durante seu império). Assim uma parte da aldeia ficava de um lado do rio Urubamba e a outra na margem oposta. No tempo dos incas os guerreiros que habitavam uma margem do rio deviam se casar com as donzelas do outro lado e vice-versa.
Em Ollantaytambo há uma certa infraestrutura hoteleira. Como fica mais afastado, muitos que incluem o sítio na visita de todo o Valle Sagrado preferem passar uma noite pelo menos por lá, já que o bate-e-volta pode ser meio cansativo.

Tambomachay 

Infelizmente é outro sítio semidestruído pelos espanhóis. Originalmente era um complexo destinado ao culto da água e compreendia várias piscinas e tanques  onde o imperador se banhava. Ainda atualmente se pode apreciar o engenhoso sistema de aquedutos Tambomachay que trazem até o local as águas de um lago a 25 km de distância.

Tambomachay, no Valle Sagrado dos Incas

Esse sítio é igualmente chamado de Baño del Inca. Esse denominação pode, entretanto, nos levar a erros. A referência correta que você encontra ao pesquisar o Valle sagrado é Tambomachay. O verdadeiro “Baño del Inca” fica de fato em Cajamarca, bem longe, local onde o imperador Atahualpa foi capturado pelos espanhóis.

Museo Inkariy

O Museo Inkariy é particularmente interessante, até para crianças (não muito novas) e adolescentes. O que torna a visita a esse museu muito mais enriquecedora são as exposições da vida cotidiana com bonecos em tamanho real. Dessa forma podemos ter uma ideia de como era a vida durante o Império Inca. Assim, o Museo Inkariy contou com a participação de arqueólogos e igualmente, para a reconstituição dos manequins, também de artistas. Esse museu fica em Calca, mais ou menos a mesma distância de Pisac e Chincero.

Moray

Moray (“círculos” em quéchua) é formado por três círculos concêntricos, uma depressão natural bastante curiosa, aproveitada pelos incas para experimentos agrícolas em plataformas de alturas diferentes. Esse detalhe do relevo em Moray provocaria diferenças de temperatura, permitindo aos incas saberem qual a melhor para cada tipo de planta

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