Chegando a Santiago do Chile e nos instalando
Santiago do Chile foi a etapa seguinte, após Pucón, na região dos Laos chilenos.
Por sorte, essa foi mais uma viagem agradável, em um ônibus excelente. Assim, uns cinquenta quilômetros de Pucón “apagamos”. Fomos, portanto, despertar já num subúrbio da capital chilena.
Havíamos reservado um Airbnb perto do centro histórico. Era, entretanto, um endereço longe do terminal onde desembarcamos, o que nos custou uma demorada e cara corrida de táxi.
O Airbn perto do centro, em Santiago do Chile
Esse Airbnb em Santiago do Chile funcionava no apartamento de um casal jovem que morava ali com seu cachorrinho. Eram simpáticos e dispunham de um quarto com banheiro que alugavam. O prédio era moderno, em um bairro agradável e, ainda mais, junto a uma grande praça onde ficava a estação de metrô.
O preço igualmente estava ótimo. O único problema é que tinham vaga por dois dias apenas. A moça e o marido sumiam o dia inteiro. Chegamos a nos perguntar se dormiam no apartamento, quando, enfim, escutamos o latino abafado do cachorro trancado num quarto… Dessa forma, só os vimos no dia seguinte, no café da manhã.
O Airbnb de Leonora em Santiago do Chile
Assim, dois dias depois mudamos portanto para outro Airbnb mais afastado, mas igualmente mais barato, num apartamento de uma família chilena. O lugar era confortável, o preço muito bom e a proprietária, Leonora, super simpática. Em suma, ficamos amigos, até hoje mantemos correspondência.
Nada, porém, é perfeito. Passamos a depender do metrô para ir ao centro, onde fica a Plaza de Armas, o Palácio de la Moneda, o Cerro santa Lucia e outras atrações. Enfim, compramos um título de transporte recarregável e logo conhecíamos nosso caminho de cor e, em Santiago do Chile, íamos para todo canto de metrô.
Flanando por Santiago do Chile
Uma das coisas que mais nos agradou em Santiago do Chile foi flanar sem pressa pela cidade. Assim, caminhávamos muitas horas, sempre pagando aqui e ali, num parque, num café ou numa praça, para descansar.
Cerro Santa Lucia, em Santiago do Chile
O Cerro Santa Lucia destaca-se no meio do centro histórico de Santiago do Chile, como um canto sombreado e tranquilo para se descansar e tomar uma água. Dessa forma, muitos chilenos que trabalham no centro trazem sanduíches e empanadas para comer no cerro na hora do almoço.
Situado numa colina, de mais fácil defesa, o cerro foi, portanto, utilizado pelo conquistador espanhol Pedro de Valdívia para resistir aos ataques dos índios mapuches.
O cerro foi, posteriormente, transformado em parque em 1871 pelo prefeito Benjamin Vicuña, que mandou construir escadarias e igualmente embelezou o local com jardins, fontes e estátuas.
Barrio Bellavista e a casa de Neruda, em Santiago do Chile
Bellavista com suas mansões amarelas é, antes de mais nada, um ponto de encontro favoritos dos santiaguinos para happy hour ou para as baladas noturnas.
Igualmente, perto do Cerro San Cristován fica a antiga casa de Pablo Neruda, La Chascona. Foi comprada pelo poeta em 1955. Era, portanto, onde ele se instalava quando ia a Santiago. A casa foi bastante modificada depois de sua aquisição. Muitos detalhes foram criação do poeta, como portas secretas e escadarias.
Um episódio triste
Enfim, um episódio triste. A casa foi saqueada e parcialmente destruída por elementos da extrema-direita após o golpe de Estado de Pinochet e da morte do poeta.
Hoje, enfim, transformada em fundação, ela abriga a maior parte dos objetos de arte, quadros e esculturas comprados por Neruda, livros e mesmo objetos pessoais do escritor.
Perto fica o Cerro San Cristovam, bem mais alto do que o Santa Lucia e com um funicular de acesso e depois, já no alto, um teleférico que une as duas extremidades do cerro. Assim, do alto, tínhamos assim uma vista privilegiada de Santiago do Chile.
Outros lugares agradáveis para flanar em Santiago são bairros badalados, como Paris-Londres, projetado em 1922, que reúne belas mansões, mas de estilos os mais variados.
Palácio de la Moneda em Santiago do Chile
Já conhecíamos a Casa de la Moneda, residência presidencial. O palácio ficou famoso no mundo todo ao ser atacado pelas forças de Pinochet no golpe de estado de 11 de 1973. Dessa forma, aviação e tanques do exército bombardearam o palácio. Tendo recusado a se render, Allende foi morto na ocasião. O drama vivido por Allende e o povo chileno virou até filme!
A ditadura que se instalou no país, apoiada pela CIA foi uma das mais cruéis. Calcula-se que cerca de 30 mil pessoas foram assassinadas pelos militares durante os anos negros do regime militar. Dez vezes mais do que o 11 de setembro nova-iorquino! Parece que os terroristas têm muito a aprender com o serviço secreto norte-americano.
Mercado Municipal de Santiago do Chile
Outro programa que não podíamos perder era comer um chupe de mariscos, no velho mercado municipal de Santiago. O tradicional mercado virou uma atração do turismo da capital chilena. Assim, o assédio aos turistas já começa fora do mercado e prossegue em seu interior. Preferimos, entretanto, entrar, olhar os cardápios e comparar preços. As diferenças são significativas.
Atrações nas redondezas de Santiago do Chile
Algumas das atrações ficam fora da cidade, como estações de esqui e vinícolas. Para visitar as estações de esqui de Santiago você pode alugar um automóvel ou pegar uma excursão em uma agência de viagens. A vantagem do carro é que lhe dá muito mais liberdade.
Estações de esqui próximas a Santiago do Chile
Anote a dica: as estações mais interessantes são El Colorado, Farellones, La Parva e Valle Nevado. Enfim, considere que quem vai esquiar tem que ir no inverno, é claro, porém as vistas dos picos nevados já são lindos mesmo no final do outono.
Vinícolas próximas a Santiago do Chile
Outra atração próxima de Santiago são suas vinícolas. Agências de turismo em Santiago vendem excursões para visitá-las.
Elas podem igualmente ser visitadas de carro, mas nesse caso achamos a excursão mais prática.
Nas visitas antes de mais nada, levam os turistas conhecer as plantações, com informações sobre os diferentes tipos de uva.
Da mesma forma, nos falaram das instalações, dos processos de fermentação e envelhecimento dos vinhos. Logo depois degustamos vinhos e escutamos uma palestra sobre os principais crus. O interesse das vinícolas, porém, é lhe vender vinho. A visita entretanto, teve um interesse apenas relativo.
Santiago do Chile, uma cidade que agrada
Vale a pena passar uns dias na capital chilena. Dessa forma, ficamos uns dez dia.
Nossa dúvida, porém, era se continuávamos subindo o litoral chileno rumo ao norte. Nesse caso, poderíamos visitar Valparaíso e prosseguir rumo ao norte pela costa do Chile até o Atacama, já perto da fronteira com o Peru. O problema é que, com exceção do Atacama, não havia nada de muito interessante nessa região do país. E, ainda mais, eu já conhecia San Pedro de Atacama e o deserto.
A outra opção seria atravessar novamente os Andes e retornar a Argentina. Assim, poderíamos visitar Mendoza e diversas outras atrações, alcançando a fronteira boliviana pela Quebrada de Humahuac. A Quebrada é uma linda região, bem no norte da Argentina.
Rumo a Mendoza, na Argentina
Concluímos que o lado argentino tinha mais interesse e embarcamos para Mendoza. Falaram em 5 a 6 horas de viagem. Foram, entretanto, quase 8 horas de estrada numa van desconfortável. Assim, como não tinha banheiro paramos numa lanchonete e depois no posto fronteiriço. Ali, onde havia sanitários, tornando a viagem ainda mais demorada. Portanto, anote: se for de Santigo para Mendoza fuja dessa companhia “Chiar”.
Nos esquecemos, porém, desta vez, de dar uma olhada no pátio de embarque dos ônibus, para ver o que nos esperava… Uma roubada, enfim, porque há ônibus muito bons de Mendoza para Santiago. Uma das melhores companhias é a Cata.
Estrada linda cortando os Andes, de Santiago do Chile a Mendoza
Felizmente, por, a estrada de Santiago a Mendoza atravessa os Andes e é muito bonita e merece ser feita durante o dia para se apreciar a paisagem. Isso compensou a canseira naquela van.
Os postos fronteiriços ficam no alto da Cordilheira. Após a entrada em território argentino há um bom trecho de estrada até Mendoza. Dessa forma, já prevenidos, trouxemos conosco suco e empanadas.
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