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Lago Maggiore

A Viagem para o Lago Maggiore, na Itália, foi uma das última regiões que percorremos após termos alugado carro em Mestre, ao lado de Veneza e partido para visitar o norte do país, o Vêneto, o Trentino Alto Adige e os Lagos Lombardos.

Lago Maggiore, Viagem para Itália

Eu já estive duas vezes nessa região, sendo a viagem para o Lago Maggiore, na Itália uma das minhas preferidas. Ketty ainda não, e tendo visto as fotos que fiz nessas outras viagens, estava super interessada em conhecer.

Quando é melhor visitar o Lago Maggiore – Viagem para Itália

Jardim junto do Lago Maggiore, na Itália

Duas épocas do ano são particularmente bonitas para a Viagem no Lago Maggiore na Itália: a primavera, toda florida, e o outono, que tinge as árvores de um tom avermelhado. Assim também, há outras vantagens em viajar na baixa temporada para o Lago Maggiore: você pode conseguir bons descontos nas diárias de hotéis.

Evite os extremos – Viagem para Itália

No verão o calor pode incomodar um pouco, em especial aqueles que curtem climas temperados. O inverno, por outro lado, é um tanto frio, neva. E, ainda mais, o vento gelado que sopra do lago incomoda. Da mesma forma, não é muito agradável ficar exposto ao frio numa cadeira no convés dos traghetti que fazem a ligação entre as localidades à beira do lago.

O Lago Maggiore, na Itália é rodeado por estradas com lisas vistas

Para circular no Lago Maggiore – Viagem para Itália

Desta vez chegamos ao Lago Maggiore de carro, vindo do lago di Como, mas em uma outra viagem, fui até Milão de avião e de lá peguei trem para Stressa, junto do lago. Stressa fica 75 km de Milão, há trens da cidade e igualmente do aeroporto milanês de Malpensa.
Fiz quase todos os passeios de traghetto, nem precisei de carro. Só aluguei um automóvel ao deixar o Lago Maggiore e seguir para o Lago di Como. Fica a dica!

Lago Maggiore, na Itália

A estrada à beira do Lago Maggiore – Viagem para Itália

Apesar de estarmos motorizados, a maioria dos passeios fizemos, de barco. Saiba, porém, que existe uma linda estrada que rodeia todo o Lago Maggiore, com vistas de arrepiar. Assim, os amantes de fotografia vão pirar.
Note que há belvederes onde você pode dar uma paradinha para fotografar, porém, abandonar o carro ali, nem pensar. É uma pena, portanto, que mesmo na baixa estação seja difícil achar vaga para deixar o veículo.

Estacionamento no Lago Maggiore, na Itália pode ser um problema

Enfim, se você pretende visitar apenas as localidades junto do lago, o barco é mais prático. Se, tem, porém, a intenção de subir até as aldeias no alto das colinas em torno do lago (uma experiência muito especial!), um automóvel é fundamental. Há locadoras em Stressa, a cidade maiorzinha por ali.

Viagem de Barcos no Lago Maggiore, na Itália: super práticos!

Barcos como esse navegam pelo Lago Maggiore, na Itália

Em primeiro lugar, o que fizemos, e o que recomendamos, se você for viajar pela região em torno do lago Maggiore, é estudar um mapa do lago. Há em vários píers de embarque em torno do lago, um grande mapa do turismo local. Tem até o preço das passagens dos traghetti entre as cidades do lago.

Mapa do Lago Maggiore, na Itália: quando você deparar com um fotografe-o e conserve em seu celular

Se não passou ainda por nenhum escritório oficial de turismo, pelo menos olhe o mapa pregado na parede junto à bilheteria, entenda-o e tire uma foto.

Organize seu tempo – Viagem para Itália

É interessante, portanto, compreender a geografia do lago para saber onde ficam as principais cidades e algumas de suas ilhas mais interessantes. Assim, você pode organizar seu tempo e visitar o que mais lhe interessa.
A maioria das cidadezinhas do lago fica perto umas das outras. Dessa forma, a maioria dos trajetos toma menos de meia hora de navegação. Afinal, o lago todo tem apenas 66 km de comprimento.

Barcos: muitas opções de horários, para todos os destinos – Viagem para Itália

Saiba, em primeiro lugar que, não importa onde você vá se hospedar, será possível ir de traghetto para qualquer cidadezinha do lago. Há muitas partidas diárias, mas há mais opções de horários entre as localidades mais importantes. Nas pequenas aldeias lacustres você terá que esperar uma hora ou mais, entre um barco e outro. Esses trajetos de barco lhe permitirão, portanto, apreciar todo o Lago Maggiore confortavelmente sentado em uma cadeira no convés.

Passes de transporte nos traghetti no Lago Maggiore – Viagem para Itália

Informe sobre os passes. Um deles, que comprarmos, valia o dia todo. Descíamos, visitávamos o lugar, e prosseguíamos nossa aventura pelo lago. Claro, só vale a pena se você for utilizar bastante o barco, em várias viagens. Por último, anote os horários dos traghetti para, após visitar um lugar, poder prosseguir seu passeio.
É útil dar uma navegada no site oficial: navigazionelaghi.it

A beleza e a a tranquilidade do Lago Maggiore, na Itália, atrai turistas do mundo todo

Hotel no Lago Maggiore, na Itália

Há hotéis não apenas em cidades maiores, como Stresa, por exemplo, mas igualmente em qualquer povoado às margens do lago. É claro que em cidades maiores há mais opções de todos os tipos de hospedagem. Portanto, não apenas hotéis, mas igualmente pensões, soggiorni (meio pensão, meio hotel…), Airbnb, Bed and Breakfast, hostels.

O ideal é, se for percorrer o lago, é sempre reservar pelo menos uma noite de hotel para a etapa seguinte. Nós o fizemos pelo Booking, mas há outros sites de turismo e hotelaria igualmente bons.

Ficar hospedado de frente para o Lago Maggiore, na Itália, é tudo de bom

De frente para o Lago Maggiore, na Itália

Nós queríamos algo de frente para o lago e, fomos rodando devagar, sem pressa, portanto, de olho nas placas, até deparamos com um três estrelas à beira do lago, com o estacionamento ao lado da estrada. Assim, perguntamos o valor da diária na na recepção e fomos informados que, sendo baixa temporada, nos fariam um desconto. Pagamos, assim, 65 euros apenas, por um quarto com banheiro.
Era bem decorado e tinha uma varanda dando para o lago, com direito a uma vista esplêndida. Depois descobriríamos que o jantar era servido num salão envidraçado, igualmente com uma vista do Lago Maggiore.

Palacete, no Lago Maggiore, na Itália

O que visitar no Lago Maggiore, na Itália

Praticamente todas cidades e povoados à beira do Lago Maggiore são um charme. Há, porém, alguns lugares que você não deve deixar de conhecer. Conhecendo a geografia do lago, para evitar vai-e-vem, nós fizemos uma lista com as principais atrações ao sul de onde estávamos hospedados e outra ao norte. Olhe o mapa e organize-se. Há muito o que ver e visitar!

Isla Superiore, Lago Maggiore, na Itália

Ilhas Borromeu, no Lago Maggiore, na Itália

As ilhas Borromeu são um arquipélago formado por três ilhas um pouco maiores e umas ilhotas. A Isola Bella, é a mais interessante delas. Com 400m de largura e uns 320 de comprimento, ela é ocupada por um belíssimo jardim e abriga o enorme Palácio Borromeu, do século XVII, em estilo barroco.
O palácio, que pode ser visitado, e já serviu de residência a Napoleão Bonaparte, reúne uma bela coleção de móveis e objetos de arte, bronzes e pintura

Isola Madre, Lago Maggiore, na Itália

A maior ilha do pequeno arquipélago não é, entretanto, a Isola Bella, mas a Isola Madre. Nela existe outro palacete que se pode visitar.
Foi construído no século XVII e abriga móveis e objetos de arte que pertenceram à família Borromeu.

Uma ilha habitada há séculos por pescadores

Finalmente, a Isla Superiore ou Isla dei Pescatori, de formato alongado, nunca foi propriedade da família Borromeu, mas, sempre, há séculos, mesmo nos dias de hoje, vem sendo habitada por pescadores. Assim, lotada de turistas, mesmo na baixa estação, a ilha no final dia dia esvazia-se. Apenas umas cinqüenta pessoas residentes de fato na Isla Superiores.

Lago Maggiore, na Itália

Stressa, no Lago Maggiore, na Itália

Stressa é uma cidade maiorzinha, com situação estratégica no Lago Maggiore. É o lugar que tem a melhor infraestrutura hoteleira e de turismo no lago. De Stressa há, igualmente, mais opções de horários de traghetti para todo canto do lago e para a Suíça. Dessa forma, você pode usar a cidade como base para visitar toda a região.
Em Stresa há um teleférico que o leva até o belvedere da pista de esqui no monte Mottarone com uma vista espetacular do lago Maggiore. Note: é igualmente possível de automóvel, rodando uns 20 km alcançar o belvedere.

Lago Maggiore, na Itália

Villa Taranto

Villa Taranto é oficialmente conhecida como Giardini Botanici Villa Taranto. Afinal, é de fato um jardim botânico que abrange um parque com 16 hectares. O parque é dividido em diversos jardins com os mais variados tipos de árvores, plantas e canteiros floridos. Possui inclusive um jadim aquático com flores de lótus. Na primavera e no outono o parque é ainda mais colorido e bonito.

Jardins de Villa Taranto, no Lago Maggiore, na Itália

Para visita-lo, pegamos um barco e descemos no pier em frente à entrada do jardim (parada Villa Taranto). Há um estacionamento gratuito para quem estiver de carro.

Um parque agradável no meio do verde

O parque, além de lindo, é grandinho, perfeito para se passear, ou mesmo para descansar no meio do verde e muitas flores. Dessa forma, calcule mais ou menos uma hora para visitá-lo. De qualquer modo, não há muitos barcos chegando e partindo de Vila Taranto. Logo, é provável que você tenha que esperar uma hora ou mais para tomar uma embarcação de volta.
Um detalhe: é capaz que você acabe andando bastante em Villa Taranto, inclusive, subindo alguns ladeiras. Calce sapatos confortáveis..

Essas são localidades no alto de colinas junto ao Lago Maggiore, na Itália

Monteviasco

Um incontável número de vezes, Ketty e eu, sentados em um jardim à beira do Lago Maggiore, olhávamos demoradamente para aldeias que pareciam dependuradas nas montanhas vizinhas. De onde estávamos, não era, entretanto, possível ver nenhuma estradinha de acesso ao villagio. Afinal, como as pessoas chegavam lá? Resolvemos investigar.

O mistério da estradinhas escondidas

Passamos, portanto, no escritório de turismo mais próximo e nos informamos sobre essas aldeias que nos pareciam tão inacessíveis. Perguntamos sobre o acesso. Assim, descobrimos, como já tínhamos adivinhado, que uma rede invisível de estradinhas escondidas pela floresta chegava a cada uma dessas aldeiazinhas, algumas com apenas uma dezena de casas e, sempre, uma igrejinha.

Aldeias no alto das montanhas, no Lago Maggiore, na Itália

Ketty no volante

Perguntamos para a ragazza que nos atendeu, qual ela nos recomendaria visitar, se possível, não muito longe. Ela nos sugeriu Monteviasco e, ainda mais, nos arrumou um mapa. Era a vez de Ketty assumir o volante. Afinal, tínhamos o costume de nos revezarmos ao volante, já que ambos gostamos de guiar.

Monteviasco, região do Lago Maggiore, na Itália. Ufa chegou !

O pequeno Fiat 500 era valente e Ketty, já acostumada com o veículo, conseguiu encarar as ladeiras íngremes da estradinha de Monteviasco. Não chegamos, entretanto, ao povoado, mas sim a um estacionamento, onde tivemos que tomar um teleférico de acesso ao vilarejo, a 650 m snm.

Teleférico de Monteviasco, região do Lago Maggiore, na Itália

Uma boa surpresa

Que surpresa! Era um uma aldeia toda de pedra, graciosíssima. Superou nossas expectativas.
Entendemos, dessa forma, porque a moça do turismo nos falou que Monteviasco está inscrita entre I borghi più belli d’Italia, associação que reúne encantadoras aldeias de interesse histórico.

Ruela em Monteviasco, região do Lago Maggiore, na Itália

Monteviasco, na região do Lago Maggiore, na Itália

Monteviasco não tem ruas como conhecemos, e muito menos, avenidas, ou praças. São, assim, caminhos de pedra, ruelas rodeadas de casas, de repente uma escadaria. Você desce por uma, sobe por outra, entra num pátio, depois pega uma passagem coberta e sai em um caminho estreito, e por aí vai.

Monteviasco, região do Lago Maggiore, na Itália

Tudo é de pedra, as casas, os caminhos, a igreja do lugar. Aliás, eu já havia, inclusive, me colocado a questão quando subi pelo teleférico: como transportariam material de construção pesado, tijolos, por exemplo, até a aldeia, no alto? As pedras, pelo menos, eles retiram da própria montanha.

Casa toda de pedra em Monteviasco, região do Lago Maggiore, na Lombardia

Monteviasco, na região do Lago Maggiore, na Itália 200 habitantes

A aldeia tem apenas uns duzentos habitantes, possui, entretanto, alguns restaurantes e bares. Nós não tínhamos almoçado e estávamos famintos. Dessa forma, ficamos atento a alguma placa de restaurante. Logo deparamos com uma indicado o Vecchio Circolo e fomos seguindo as indicações.

Monteviasco, região do Lago Maggiore, na Itália

Um lugar que nos agradou na Viagem para Itália

O Vecchio Circolo nos agradou de cara. Os proprietários, Roberto e Bárbara, são super simpáticos e pudemos, assim, levar um bom papo. Por último, ainda acabamos ficando amigos no Face! Adoramos escutar italianos falando, sua espontaneidade, a musicalidade da língua.

Nós, com Bárbara e Roberto em Monteviasco, região do Lago Maggiore, na Itália

Demos uma olhada no menu, com opções de carnes, risottos e massas.

Polenta, especialidade lombarda, no Lago Maggiore, na Itália

Soubemos que uma das especialidade da casa é a polenta, que pode vir com gorgonzola, champignons, ou alguma outra receita, criativa do casal. Assim também, o prato combinou bem com um tinto lombardo.
Podemos, portanto recomendar: vale a pena visitar Monteviasco e almoçar no Vecchio Circolo.

Polenta lombarda da Bárbara e do Roberto, no Vecchio Círculo, Monteviasco, lago Maggiore, na Itália

Locarno, na Suíça

A maior parte do lago Maggiore fica em território italiano, há, porém, um pequeno trecho que pertence à Suíça. Assim, há no lago Maggiore várias cidadezinha suíças. A mais interessante, porém, é Locarno. É uma cidade bastante simpática, vale pena visita-la. Ainda mais, dá para ir e voltar tranqüilamente no mesmo dia. O mais interessante, entretanto, é o percurso de barco até Locarno, que percorre boa parte do Lago Maggiore, sempre com direito a lindas paisagens que incluem cidadezinhas, e castelos.

Locarno, na Suíça, visitável de barco pelo Lago Maggiore, na Itália

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Que outras cidades e regiões da Itália você pensa em visitar?

A Itália é o primeiro destino turístico mundo. Aliás, sempre mencionamos que a Itália não é um país para apenas se visitar, mas principalmente para se frequentar. Para conhecer mais ou menos a Itália precisamos de várias viagens. Podemos selecionar, por exemplo somente as cerejas do bolo e para isso precisamos de, no mínimo, um mês. Ou então optar por macro-regiões, como o sul, o centro, ou o norte do país. Por isso mesmo, precisamos nos hospedar nas regiões mais práticas em cada cidade que pretendemos visitar, ou seja, perto de tudo o que interessa, com acesso fácil às atrações. E também, desembarcar numa cidade com pelo menos umas duas noites de hotel já reservadas. Em sites de reserva como o Booking.com, por exemplo, você confere preços, vê fotos do hotel e sua localização.

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