A sociedade no Império romano
A estrutura atual das sociedades ocidentais, instituições como a família, é uma herança algo tranformada da família na no Império Romano, governada” pelo paterfamilias. A família romana não era, aliás, formada apenas por um casal e seus filhos. O paterfamilia tinham igualmente filhos adotados com direitos iguais aos filhos de sangue.

Os escravos igualmente habitavam a casa. Nem todos, porém, faziam serviços braçais. Escravos gregos, cultos cuidavam da educação das crianças. Habitadas não somente pela família orgânicas, mas também por adotados, inúmeros escravos e “agregados”, a família romana acaba sendo enorme, razão pela qual as casas também deviam ser igualmente grandes para abrigar tanta gente.

O paterfamilias
O pater familias tinha direito de vida e de morte sobre todos os habitantes da casa. Seus filhos, não importa a idade, não podiam se casar ou tomar qualquer decisão importante sem sua autorização enquanto ele fosse vivo. Os paterfamilias podiam também usar sexualmente as escravas, agregadas e agregados… Eles eram, em suma um dos principais pilares da organização social do império.

A vida sexual no Império Romano
Os costumes sexuais dos romanos eram também bem curiosos. Não era mal visto, por exemplo, que um homem adulto fizesse sexo com adolescentes imberbes, “os favoritos”. Por outro lado, porém, o homosexualismo entre homens adultos era considerado imoral.
Da mesma forma, muitas mulheres tinham amantes que deviam recompensa-las com presentes valiosos. Se não o fizessem seriam considerados pão-duros e descartados. Ao mesmo tempo, entretanto, com exceção das prostitutas, mulher “direita” devia ter relações somento no escuro e também cobrir os seios.

Havia, aliás nas cidades romanos inúmeros bordéias, conhecidos como lupanar. A profissional (lupa, ou” loba”) recebia seus clientes em cubículos,de extrema simplicidade, dotados tão somente de uma cama de pedra com um colchonete. Apenas uma cortina mantinha minimamente a privacidade do casal. Sobre a entrada de cada cubículo poderia haver murais retratando as especialidades das moças. Hoje, esses bordeis viraram uma das principais atrações de Pompéia. (Parece que todo mundo só pensa naquilo…)

E as tais orgias?
E as famosas orgias romanas? Em primeiro lugar, elas não eram tão frequentes como se imagina. Ou seja, foram principalmente imperadores e nobres de alto escalão que organizavam as bacanais. Bacanal, aliás, é expressão derivada do deus do Vinho, Baco. As festas eram em princípio uma homenagem ao deus Baco. Mas, com todo mundo bêbado de vinho a coisa, entretanto, descambava…

As festas de Baco
Nem todos, mas muitos dos imperadores eram devassos e crueis, como Nero e Calígula, pedófilos de carteirinha. Aliás abusavam de crianças até dentro de suas piscinas. A promiscuidade não era, entretanto, um atributo exclusivamente masculino. Bastar, aliás, lembrar a imperatriz Messalina, casada com o imperador Cláudio, prima de Nero e Calígula (tudo gente de bem…). Plínio, o Velho, aliás, relata uma competição sexual de 24 horas entre Messalina e uma prostituta famosa . A imperatriz venceu, tendo encarado 25 parceiros…
O Casamento no império romano
A maioria dos casamentos não era consequência de algum amor ou paixão. O paterfamilias dava a palavra final, mas no caso do casamento a esposa também opinava. Discutia-se , aliás, mais sobre as vantagens sociais e materiais na escoilha dos parceiros. O casamento, além de tudo era bem visto, principalmente se essa união desse origem assim a uma prole de descendentes para o clã familiar e seus deuses. Ou seja, uma das preocupações do paterfamilias era ter quem, após sua morte, fizesse oferendas em seu nome às divindades da casa.

A herança
No caso de sua morte seus bens deram divididos entre filhos de sangue e filhos adotados. Suas filhas geralmente nada recebiam na sociedade romana da época. Afinal, ao se casarem ela sairia da família e iria adorar os deuses de outro clã. As mulheres eram inicialmente subordinadas aos pais. Depois, casadas, passavam a ser subordinadas ao marido. E se esse morresse, os filhos adutos passavam a mandar na mãe.

As crianças
As crianças, tanto de sexo masculino, como feminino, deviam estudar até o 12 anos pelo menos. Os mais ricos, porém, continuavam a estudar durantes mais alguns anos, geralmente orientados por seu preceptor, quase sempre, aliás, um grego, escravo ou não. Sabiam, portanto, ler e escrever. Esses conhecimentos, porém não se estendiam a toda população, que podiam entender uma palavra ou outra, mas não eram realmente alfabetizados.

As casas durante o império romano
Pompéia e Herculano, eram cidades anteriores à Era Cristã sepultadas pela erupção do Vesúvio, no ano de 79 dC. A descoberta de suas ruínas bem preservadas ofereceu assim aos arqueólogos a grande oportunidade para saber mais exatamente como eram as casas e a vida diária durante o império romano.
As casas maiores e mais elegantes, as “domus”, eram habitadas pelos patrícios ( a nobreza). Os imóveis era amplos, mas tinham geralmente um só andar. Ou seja, só um ou outro possuíam um segundo piso. Nas casas do povão muitas residências possuíam igualmente cômodos em frente à rua alugados a comerciantes e artesãos.Ou eram igualmente usados como comércio também pelos proprietários que vivam no segundo andar. Sabem as antigas padarias de portugueses em São Paulo onde os donos sempre viviam no andar de cima?

A insula
As insulas eram o equivalente de nossos prédios de apartamento atuais. Assim, muitos romanos mais pobres moravam de aluguel em espécies de pequenos apartamentos (insulas) em predinhos de até cinco andares.
Não todas as casas, mas muitas delas eram decoradas também com murais eróticos ou, no mínimo, inspiradores. As pinturas e estatuetas eróticas encontradas em diversas casas de Pompeia nos dão aliás uma ideia das relações amorosas na época.

Esse acervo, para garantir sua preservação, foi levado para o Museu Arqueológico de Nápoles e encerrado em salas não abertas ao público em geral e que chegaram a ser fechadas com tijolos. Hoje, porém, o Gabbinetto Segreto do Museu está igualmente aberto aos turisas, como as demais salas. (Só não visite o museu com crianças ou com a idosa tia Raimunda…)

As domus mais ricas
Nas domus mais ricas, logo na entrada ficava o vestibulum. Em seguida havia o átrio (atrium),onde ficavam também altares em homenagens aos antepassados da família. A parte central do telhado era aberta e inclinada para o centro do imóvel. A água da chuva era assim captada num tanque, o complúvio (compluvium), que era recolhida no implúvio (impluvium), uma cisterna no centro do átrio.

Os cômodos das casas romanas
Os quartos, eram conhecidos como cubiculum, não tinham janelas, e eram geralmente pequenos . O mobiliário se resumia a uma cama. Essas casas possuiam igualmente sala de jantar, chamadas de triclínio onde as pessoas se deitavam em três camas diferentes para comer reclinados. As domus mais chiques possuíam igualmente espécie de escritório onde o paterfamilia recebia seus clientes (os protegidos). Finalmente vinha a cozinha (coquina) e uma peça onde se lavavam, o balneum que nas casas mais elegantes podiam possuir pequenas piscinas.

A influência grega durante
Posteriormente, por influência grega, super em moda entre os romanos, algumas casas passaram a ter igualmente um jardim com árvores e flores, rodeado de colunas e enfeitado por estátuas. O piso podia ser de cerâmica ou igualmente de mármore nas casas mais elegantes. Os escravos dormiam em qualquer canto da casa. Geralmente, aliás, junto aos quartos de seus senhores.

Você gosta de viajar? Então veja dicas preciosas e fotos dos principais destinos turísticos do mundo:
youtube.com/c/SonhosdeViagemBrasil
instagram.com/sonhosdeviagembrasil
facebook.com/sonhosdeviagembrasil
Temos, igualmente, neste blog o livro-a-vaca-na-estrada/, fartamente ilustrado. É o relato de uma viagem sabática, de carro de “Paris a Katmandu” com um amigo francês. Uma longa aventura por desertos e montanhas na Turquia, Irã, Afeganistão (antes do Talibã), Paquistão, Índia e Nepal.

Leia também neste blog o livro “A Vaca na Estrada“, uma viagem de Paris a Katmandu, no Nepal, de carro. Mais um livro, como este, totalmente ilustrado por imagens que acompanham o texto.
